© Nacho Doce / Reuters
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, está analisando o depoimento de Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como "Orlando da Curicica", ex-policial militar apontado como principal suspeito nos assassinatos da vereadora Merielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.
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Curicica está preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e teria contado, em depoimento mantido sob sigilo, que foi coagido a assumir o crime. As informações são do portal G1.
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Se Dodge entender que as investigações estão comprometidas, poderá solicitar a federalização do caso, que chega a seis meses sem nenhum desfecho. Para isso, ela precisará fazer o pedido ao Superior Tribunal de Justica (STJ), a quem cabe decidir sobre o deslocamento de competência. Em caso de concordância, a apuração segue para as mãos do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF).
Logo após as mortes, a procuradora-geral chegou a afirmar que, naquele momento, não havia necessidade de federalizar as investigações. “A nossa expectativa é que isso não seja necessário, mas é preciso acompanhar, porque temos um país em que o nível de impunidade ainda é muito elevado”, destacou Dodge.
Já o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, tem defendido publicamente que a Polícia Federal fique à frente das investigações.