© Hannah Mckay/Reuters
O papa Francisco aceitou nesta sexta-feira (21) a demissão de mais dois bispos do Chile, país que investiga vários casos de abuso sexual cometidos pelo clero, anunciou o Vaticano em um comunicado.
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A Igreja católica chilena está no meio de uma tempestade desde a visita do pontífice no início do ano e da multiplicação de inquéritos -atualmente são 119- por casos de suspeita de abuso sexual por parte de membros da Igreja contra menores e adultos desde os anos 1960.
De acordo com a nota da Santa Sé, deixam o cargo dom Carlos Eduardo Pellegrin Barrera, 60, que atuava em San Bartlomé de Chillan, e dom Cristián Enrique Contreras Molina, da diocese de San Felipe.
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Ambos estão sendo investigados por suspeita de abuso sexual. Os dois foram substituídos por administradores apostólicos interinos.
Em 18 de maio, a conferência episcopal chilena anunciou que os 34 bispos que foram a Roma se reunir com o papa Francisco apresentaram seu pedido de demissão.
O pontífice já havia aceitado a renúncia de outros cinco bispos chilenos, punindo, assim, uma hierarquia da Igreja acusada por vítimas de padres pedófilos de acobertarem os crimes.
Entre as demissões acolhidas por Francisco, está a do polêmico dom Juan Barros, acusado de ter acobertado as ações de um padre pedófilo. Em sua viagem ao Chile em janeiro, o papa chegou a defendê-lo, em um primeiro momento.
VIAGEM
O papa Francisco viaja neste fim de semana aos países Bálticos em meio a um alarme renovado sobre as intenções da Rússia na região.
A 25ª viagem de Francisco ao exterior ocorre um quarto de século depois que o papa João Paulo 2º fez a primeira visita papal à ex-União Soviética e comemorou a saída de Lituânia, Letônia e Estônia de cinco décadas de dominação soviética.
Quando João Paulo 2º chegou, em 1993, as últimas tropas soviéticas tinham se retirado da Lituânia dias antes, e havia muito otimismo. Isso não se repete para a visita de Francisco, entre os dias 22 e 25 de setembro. Com informações da Folhapress.