© Jamil Bittar/REUTERS
A Justiça de Minas Gerais determinou que o publicitário Marcos Valério seja transferido da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Sete Lagoas (MG) para o presídio Nelson Hungria, em Contagem (MG).
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De acordo com o advogado Jean Kobayashi, Marcos Valério deu entrada no presídio no fim da tarde, mas a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) não confirma que a transferência já foi feita. Em decisão desta sexta (21), a juíza Marina Brant, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Sete Lagoas, requisitou a transferência com urgência.
"Recomendo, se possível, e por questões de segurança, que o apenado fique em máxima segurança e em cela individual até que a Seap [Secretaria de Estado de Administração Prisional] defina o local para onde irá destiná-lo", escreveu a juíza.
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Marcos Valério foi transferido para a Apac em julho do ano passado, como parte do acordo de delação firmado com a Polícia Federal. A Apac é conhecida por ter um ambiente de prisão mais humanizado e, na Nelson Hungria, onde estava antes, o publicitário relatou ter tido o punho quebrado por um agente penitenciário.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais não deu informações sobre a transferência. A Seap informou que foi notificada, mas também não divulgou as razões da medida. A defesa de Marcos Valério afirmou que ainda não teve conhecimento sobre o motivo que levou à transferência.
Deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia estiveram na Apac nesta semana para apurar se havia regalias para Marcos Valério no local, como saídas constantes.
Segundo Kobayashi, porém, a juíza pode ter concluído que Marcos Valério corria risco na Apac. Nesta semana, em depoimento à Polícia Civil, em outro acordo de delação, o publicitário afirmou ter sido extorquido e também mostrou marcas de uso de algemas apertadas.
Marcos Valério cumpre pena de 37 anos de prisão por participação no mensalão desde 2015. Neste ano, foi condenado a mais 16 anos de prisão pelo mensalão tucano. Com informações da Folhapress.