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A acne é uma das doenças de pele mais comuns e atinge a maior parte da população em algum momento da vida, independentemente do sexo e idade. As causas podem ser variadas e, apesar de demorar para desaparecer, a acne possui tratamento.
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“Porém, nem tudo é o que parece. Existem diversas outras doenças de pele que podem ser facilmente confundidas com a acne, como a foliculite e a rosácea, mas que precisam ser tratadas de modos diferentes. Por isso, caso você sinta que o quadro acneico está persistindo mais do que deveria, é importante que você consulte um dermatologista imediatamente”, alerta a dermatologista Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
A especialista citou abaixo três doenças comumente confundidas com a acne e apontou como diferenciá-las. Confira:
Rosácea
É uma condição que provoca vermelhidão no rosto, com pápulas e pústulas que lembram as espinhas da acne. Porém, a rosácea não apresenta comedões, já a vermelhidão da face é persistente, envolvendo também as bochechas e o nariz, com muitos vasinhos visíveis. “Apesar de a rosácea não ter cura, sendo assim necessário o tratamento contínuo da doença, é possível controlar os sintomas e, consequentemente, as pústulas que remetem à acne através de produtos tópicos que visam a diminuição da inflamação”, explica a médica.
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Dermatite perioral
Inflamação da pele onde surgem erupções vermelhas ao redor da boca, que podem se estender para o queixo, bochechas e nariz. Para diferenciá-la da acne é importante atentar-se ao fato de que, nesta doença, não há a presença de comedões e a pele tende a ficar mais sensível e coçando. “O dermatologista irá prescrever o tratamento dependendo da severidade da doença, que pode incluir antibióticos tópicos e orais e medicamentos imunossupressores de uso tópico, além da suspensão do uso de cremes com corticoides”, afirma a dermatologista.
Queratose pilar
Também pode ser confundida com a acne, pois surgem na pele pequenas bolinhas brancas ou vermelhas, que não coçam nem doem, mas deixam o tecido com um aspecto de lixa. Porém, diferentes da acne, essas erupções são ásperas e geralmente aparecem na pele seca, principalmente nas costas, coxas, glúteos e na região posterior dos braços. “A queratose pilar normalmente desaparece sozinha depois de determinado tempo. No entanto, se você estiver preocupado com a aparência de sua pele, medidas como hidratação, fotoproteção e o uso de cremes à base de ureia e ácido salicílico podem ajudar a amenizar o quadro da doença. Em casos mais extensos e graves, tratamentos como a microdermoabrasão e os peelings químicos também podem ser indicados”, destaca a especialista.
Hidradenite supurativa e a cloracne
A primeira é uma inflamação crônica da pele que se caracteriza pelo surgimento de inchaços e cistos profundos semelhantes a espinhas em regiões como axilas, mamas, virilha, genitais e glúteos. “Já a segunda é uma condição rara que surge após o contato com substâncias tóxicas presentes em inseticidas e herbicidas. Os sintomas desta doença incluem a formação de cravos pretos no rosto e em outros lugares do corpo, além do surgimento de manchas cinzas e bolhas na pele”, completa.
Alerta
Além disso, a persistência do quadro acneico pode ser o sinal de que algo ainda mais sério está acontecendo em seu organismo e, para ver sua pele limpa novamente, você precisará tratar esta condição antes. Por exemplo, mulheres que sofrem de síndrome dos ovários policísticos (SOP), desordem endócrina que causa infertilidade, geralmente tem acne, mas possuem também outros sintomas relacionados a problemas hormonais, como perda de cabelo, crescimento de pelos na face e acantose nigricans, doença de pele caracterizada por manchas aveludadas e escuras em dobras e vincos do corpo.
“Caso você sofra de SOP tratar a acne não é o suficiente, pois as chances de o problema voltar são grandes. Por isso, é importante que, além de consultar um dermatologista para o tratamento da acne, perda de cabelo e o crescimento exagerado dos pelos, você consulte também um médico que possa tratar os cistos nos ovários”, finaliza a médica.