© Ricardo Moraes/Reuters
O crânio e o rosto de Luzia, o fóssil humano mais antigo da América do Sul, queimado durante incêndio no Museu Nacional, no início deste mês, será recriado em impressora 3D. Pesquisadores também vão recriar em tamanho real parte do acervo do prédio. O laboratório do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) tem sido usado por alunos de mestrado e doutorado da Universidade Federal do Rio.
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Um dos estudiosos é o arqueólogo Pedro Luiz Von Seehausen, que fazia pesquisas no museu desde 2012. Ele terá que catalogar todas as peças da coleção egípcia que foram escaneadas ou tomografadas. “Para começar a fazer inventário, o que a gente tem escaneado, o que a gente tem microtipado, foi importante ter acesso a este espaço”, disse Von Seehausen, ao G1.
A produção dos arquivos 3D já era feita há mais de 15 anos, graças a uma parceria com o INT e a PUC-Rio, que tinha como objetivo de preservar a memória caso alguma peça fosse perdida. “É um acervo que vai tentar ressurgir do pó. Porque é feito em pó, pó de nylon, a matéria prima é pó”, explicou Jorge Lopes, pesquisador do INT/PUC-Rio.
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Novas formas
O crânio e o rosto de Luzia já estão impressos. A tecnologia vai ser uma grande aliada para ajudar as peças destruídas ganharem novas formas. “Nós sabíamos que tínhamos tomografado, a cabeça, o crânio da Luzia, mas o rosto, essa reconstrução facial, que foi feita por um pesquisar inglês chamado Richard Nive, a gente nem lembrava que tinha escaneado”, contou Lopes.
“A gente estava escaneando um dia o Bedengó, o meteorito, e a vitrine estava aberta porque estavam fazendo manutenção. Aí eu conversei com a pesquisadora, vamos aproveitar e scanear o rosto dela, né?”, acrescentou. Cerca de 300 peças do acerevo podem ter sido digitalizadas, segundo os pesquisadores.