© Stefano Rellandini/Reuters
O papa Francisco afirmou nesta terça-feira (25), em seu voo de volta dos países bálticos, que os casos de pedofilia no clero "diminuíram" porque a Igreja "percebeu que deveria combatê-los de outro modo".
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A declaração foi dada no avião papal, após o líder católico ter sido mais uma vez questionado sobre os escândalos de abuso sexual por parte de sacerdotes. "Ainda que apenas um padre tivesse abusado de um menino ou uma menina, já teria sido monstruoso, porque aquele homem foi escolhido por Deus para levar aquela criança ao céu", disse.
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Em seguida, Francisco citou o caso da Pensilvânia, estado norte-americano que registra mais de mil vítimas de pedofilia por parte do clero nos últimos 70 anos. "Nos primeiros anos, muitos padres caíram nessa corrupção. Depois, recentemente, diminuiu, porque a Igreja percebeu que deveria lutar de outro modo", acrescentou.
O Papa ainda disse compreender os jovens que "se escandalizam" com crimes tão graves e acabam se afastando do catolicismo. "Eles sabem que tem [pedofilia] por todo lugar, mas na Igreja é mais escandaloso, porque ela deve levar as crianças a Deus, e não destruí-las", ressaltou.
O pontificado de Francisco vem sendo abalado por denúncias de abuso contra menores em diversos países, como Alemanha, Austrália, Chile, Estados Unidos e Irlanda. O próprio Papa é acusado por um arcebispo italiano, Carlo Maria Viganò, de ter ignorado acusações de abuso contra seminaristas por parte do então cardeal Theodore McCarrick. (ANSA)