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Nos últimos anos, a cirurgia para colocação de próteses de silicone para o aumento dos seios tem sido a campeã nos consultórios dos cirurgiões plásticos pelo Brasil. Segundo dados mais recentes, divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC), foram realizadas cerca de 1,5 milhão de cirurgias plásticas no país nos últimos dois anos, destas, 20% foram de mamoplastias.
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Segundo o cirurgião plástico Dr. Marco Cassol, não existe nenhum trabalho científico bem realizado que mostre a associação entre o câncer de mama e a colocação de próteses de silicone. O risco real de um implante de silicone, em curto e longo prazos, é a diminuição da sensibilidade, que pode mudar dependendo da técnica a ser utilizada. Na visão dele, é raro, mas existe. No caso da amamentação ela fica preservada.
No caso da retração capsular (complicação mais frequente em que as mamas ficam duras após a cirurgia cicatrizada), “essa situação pode acontecer em até 1% dos pacientes até 15 anos depois da cirurgia” explica o cirurgião.
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Um estudo realizado em Connecticut, nos Estados Unidos, demonstrou que, em um período em torno de cinco anos, os implantes de silicone não se mostraram carcinogênicos. Outra pesquisa realizada pela instituição estadunidense National Cancer Institute's Surveillance, Epidemiology, and End Results Program (SEER), apontou que não há evidências do aumento no risco de sarcoma de mamas em mulheres usuárias de implantes mamários. “É importante orientar as pacientes de que o grande risco é o câncer de mama em si. A realização do autoexame e da mamografia ou ultrassom mamário é crucial e muito importante prevenir o câncer de mama”. finaliza o médico.