© Marcelo Camargo/Agência Brasil
A campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) passou na sexta-feira, 28, por mais um episódio de falta de sintonia. Candidata a deputada estadual pelo PSL, a advogada Janaína Paschoal, que chegou a ser cotada para vice na chapa, disse que "gases não podem parar um chefe de Estado". Ela criticou integrantes da campanha que estariam incentivando Bolsonaro a não ir a debates.
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"O povo gosta do senhor, tenho falado com muita gente... O senhor tem o dever de enquadrar todo mundo e tomar as rédeas da campanha! Se estiver em condições de ir ao debate, tem de ir! Gases não podem parar um chefe de Estado! Que brincadeira é essa?", escreveu a advogada.
Janaína disse que pediu a Bolsonaro que "não ouça mais ninguém". "Se o senhor estiver em condições de ir ao debate, vá! Não deixe mais ninguém falar pelo senhor! Chega desse diz que me diz! Dependemos do senhor para impedir a volta do PT!", escreveu.
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A campanha tem apresentado desgaste entre a cúpula e dirigentes estaduais. "Eu não passei tudo que passei, para ver um bando de criança mimada, brigando pela atenção do pai, jogar todo meu trabalho no lixo!", disse.
Na semana passada, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, destituiu a secretária-geral do partido em São Paulo, Letícia Catel.
O vice da chapa, general Hamilton Mourão, recebeu na quinta-feira uma chamada pública de atenção, desta vez do próprio Bolsonaro. Mourão fez críticas ao 13.º salário e já havia sugerido uma Constituição escrita por notáveis.
"Não é hora de disputa mesquinha por pequenos poderes! Se o Brasil for para o buraco, todos nós vamos junto! Estou cheia da frescura dessa gente toda! Uma ciumeira ridícula! Pelo amor de Deus!", desabafou a advogada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.