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A americana Kathryn Mayorga, 34, que acusa o jogador de futebol Cristiano Ronaldo de estupro, deu detalhes do suposto crime em entrevista à revista alemã Der Spiegel
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Mayorga afirma que o caso teria ocorrido em junho de 2009, depois que os dois se conheceram numa casa noturna de Las Vegas, nos EUA. À época, Cristiano tinha 24 anos e estava se transferindo do Manchester United para o Real Madrid.
No início do ano seguinte, 2010, foi assinado um acordo entre as partes, no qual Cristiano se comprometeu a pagar US$ 375 mil (R$ 1,5 milhão em valores de hoje) à suposta vítima, que, por sua vez, nunca mais falaria sobre o ocorrido.
A Spiegel já havia publicado sobre o caso há um ano e meio, usando como base documentos cedidos pela plataforma digital Football Leaks. À época, porém, Mayorga seguiu o que o acordo determinava e se recusou a falar com a imprensa.
Agora, após trocar de advogado e a ver a repercussão do movimento #metoo, no qual mulheres contam histórias de abusos sofridos, ela resolveu dar detalhes sobre o caso.
Mayorga teria conhecido Cristiano numa casa noturna, onde os dois teriam apenas conversado e ela teria lhe dado seu número de telefone.
Logo depois, porém, Cristiano teria lhe enviado uma mensagem a convidando para uma festa em sua suíte no Palms Casino Hotel, um dos mais exclusivos da cidade.
Ela então teria ido ao local com uma amiga. Cristiano teria lhe oferecido roupas de banho para entrar na jacuzzi. Ela foi se trocar e ele a teria seguido até o banheiro, onde entrou, segundo ela, com o pênis para fora da bermuda e pedindo para que ela o tocasse e o chupasse. Ela teria se recusado e concordado apenas em lhe dar um beijo.
Depois do beijo, porém, Cristiano teria começado a tocá-la. Segundo Mayorga, ela falou "não" repetidas vezes e um amigo do jogador teria aparecido no quarto e perguntado o que estava acontecendo. Ele então teria parado com os avanços.
Quando o amigo foi embora, porém, Cristiano teria a puxado para o quarto e ela, mais uma vez, dito que não estava interessada em fazer sexo com ele. Ele teria tentado tirar sua calcinha e ela usou a mão para proteger a vagina.
Cristiano, então, teria feito sexo anal à força com Mayorga. Ela diz ter quase certeza que, depois disso, o jogador pediu desculpas ou perguntou se ela estava machucada.
Depois, de joelhos, Cristiano teria dito ser uma pessoa boa em 99% do tempo, mas não saber o que acontece com o 1% restante.
Cristiano Ronaldo nega categoricamente as acusações e diz que o sexo foi consensual. Seus advogados prometeram, inclusive, processar a revista alemã por ter publicado sobre o caso.
Em comunicado, a Gestifute, empresa que cuida da gestão da carreira de Cristiano, chamou as alegações de Mayorga de "denúncia inadmissível de suspeitas na área da privacidade". Com informações da Folhapress.