O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) gravou um vídeo em que diz que essa eleição é "última chance" de se livrar da política feita nos últimos 30 anos.
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"Vamos ganhar essas eleições no primeiro turno. A diferença será tão grande que será impossível qualquer possibilidade de fraude", disse.
"O Brasil é de nós conservadores, trabalhadores, que não querem ideologia de gênero nas escolas", disse. "PT não, PT nunca", afirmou, fazendo referência ao bordão de opositores de sua campanha, que dizem "ele não, ele nunca".
Filho do candidato, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) compareceu para representar o pai.
"Aqui ninguém precisa de artista para pensar por nós", disse Eduardo, motivado pelos vários globais que engrossaram o coro do movimento contra o militar.
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Ele também tentou desfazer a fama de machista do pai, mas acabou soltando frase polêmica que rapidamente viralizou na internet.
Ele disse que as mulheres de direita são mais bonitas que as de esquerda. "[Elas] não mostram os peitos nas ruas e nem defecam nas ruas. As mulheres de direita têm mais higiene", disse.
O discurso de Eduardo foi na linha de que, se as eleições não forem fraudadas, o pai vencerá no primeiro turno "se a urna não for fraudada".
O deputado também fez críticas à imprensa e pediu aos eleitores para votar de verde e amarelo. "Vai ser lindo. Vai ser como Trump nos Estados Unidos", afirmou.
Um dos presentes no carro de som, o ruralista Nabhan Garcia desenhou um cenário apocalíptico no caso de vitória petista. "Se o PT voltar não teremos dinheiro nem para limpar a bunda", disse.
Os pronunciamentos também se voltaram a eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoêdo (Novo) e Meirelles (MDB), afirmando que "não é hora de marcar posição".
Major Olimpio, candidato ao Senado pelo PSL, afirmou que Bolsonaro está a "um Alckminzinho" de vencer no primeiro turno.
O homem que atuou como mestre de cerimônias no carro de som ainda cobrou que João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) manifestem apoio a Bolsonaro. "Ou estão do lado do bem ou do mal. Ou vocês são Bolsonaro ou são PT", disse. "Quem está aqui e vota em vocês é pelas pessoas que vocês possam representar e não pelo partido de vocês", disse.
Vestido de verde e amarelo e debaixo de chuva, o público gritava "ele sim" e também xingava a Rede Globo.
Ex-eleitor do PT, o vigilante Antonio Novaes, 52, diz que se arrependeu do voto em Dilma Rousseff nas ultimas eleições e resolveu apostar em Jair Bolsonaro (PSL). "Ela não tinha condições, não sabia formar uma frase", disse ele, morador de Perus, na periferia da capital.
Já empresário Márcio Moraes, 39, que pintou a bandeira do Brasil no rosto, veio de Taboão da Serra (Grande SP). No caso dele, foi a economia que pesou na hora de apoiar o capitão.
"Há quatro anos minha empresa está quase falida", diz Moraes, que teve de fechar uma das três academias de sua propriedade. "Só de Bolsonaro diminuir o tamanho do Estado, os gastos públicos e não fazer aliança com partido corrupto vai melhorar muito".
Durante e após o fim do ato, houve algumas confusões entre manifestantes a favor de Bolsonaro e outras pessoas. Em um dos casos, uma repórter da Rádio Bandeirantes foi agredida com uma cabeçada, após ser abordada por um apoiador de Bolsonaro. Além disso, a reportagem presenciou um militante do Partido Novo sendo agredido, ao passar em frente ao Masp.
Os manifestantes falaram em "mais de 1 milhão de pessoas" presentes, número claramente superestimado. A PM não fez cálculo da multidão. Com informações da Folhapress.