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Em entrevista após visitar o ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba, o candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) criticou a decisão que proíbe o ex-mandatário de conceder entrevista à Folha de S.Paulo.
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Para ele, a medida é "uma ameaça à liberdade de imprensa" e prejudica um direito civil e político do ex-presidente.
"É uma liderança importante, que quer se expressar e tem o que dizer", afirmou nesta segunda (1º).
Ele disse que o ex-presidente está à disposição "de toda a imprensa nacional e internacional".
Esta é a quarta vez que Haddad visita o ex-presidente, preso e condenado em segunda instância por corrupção, desde que ele foi consagrado candidato do PT.
As visitas têm ocorrido toda segunda-feira, e duram em média duas horas.
CONSTITUIÇÃO
Haddad disse ainda que a proposta de promover uma nova Constituinte só será levada a cabo "se o Congresso assim entender".
Ele defendeu a medida em nome de uma "agenda ampla", que inclui a mudança do regime tributário, para que os pobres paguem menos imposto; e a reforma do sistema financeiro contra os "juros extorsivos" cobrados pelos bancos.
"Tem uma agenda ampla. Gostaríamos que o Congresso criasse um rito para apoiar essas medidas, que dê segurança jurídica e crie um ambiente de negócios favorável ao crescimento", afirmou.
Haddad ainda refutou a comparação com a proposta do general Hamilton Mourão (PRTB), vice de Jair Bolsonaro (PSL), que defendeu uma nova Constituição proposta por um colégio de notáveis. "Só quem não entende de Constituição diz uma coisa dessas", afirmou, sobre a comparação. Com informações da Folhapress.