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O juiz federal Sérgio Moro quebrou o sigilo de parte do acordo de delação premiada de Antonio Palocci com a Polícia Federal. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o magistrado responsável pela Operação Lava Jato afirmou que não vislumbra “riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade” após examinar o conteúdo da delação.
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Segundo o acordo, Palocci terá de pagar uma multa de R$ 35 milhões e teve redução de ⅔ da pena.
Os documentos também detalham um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e uma reunião no Palácio do Planalto que contou com a presença do então presidente. Na ocasião, ficou acertado o pagamento de R$ 40 milhões em propina para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. A ex-presidente também estaria presente.
Vale ressaltar que tanto Lula quanto Dilma negaram as acusações de Palocci.
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Além disso, Palocci também revela que, durante o governo do PT, foi discutida a “ideia de nacionalização do projeto do pré-sal" a partir do "aspecto social, de geração de empregos e desenvolvimento nacional, e objetivo, para atendimento dos interesses das empreiteiras nacionais, as quais tinham ótimo relacionamento com o governo".
Por fim, ainda de acordo com Mônica Bergamo, Palocci também diz na delação que seira "muito mais fácil discutir com a OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa contribuições para campanhas eleitorais do que se tentar discutir os mesmos assuntos com empresas estrangeiras”.
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