MPF denuncia agressor de Bolsonaro por crime contra segurança nacional

Para o órgão, Adélio Bispo de Oliveira agiu por 'inconformismo político' e queria tirar o candidato da disputa eleitoral

© Reuters / Ricardo Moraes

Justiça Investigação 02/10/18 POR Folhapress

O Ministério Público Federal de Minas Gerais denunciou nesta terça-feira (2) o agressor de Jair Bolsonaro (PSL), Adelio Bispo de Oliveira, 40, por crime contra a segurança nacional.

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A denúncia afirma que Oliveira praticou atentado pessoal por inconformismo político e tinha o objetivo de retirar Bolsonaro das eleições.

A pena para o crime é de três a dez anos de prisão, podendo ser aumentada até o dobro por ter causado lesão corporal grave.

O MPF se baseou na investigação da Polícia Federal que demonstrou que o crime foi premeditado. No celular de Oliveira, havia uma foto de um outdoor com a data em que Bolsonaro estaria em Juiz de Fora (MG), onde ocorreu o atentado.

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Também havia fotos e vídeos de lugares por onde o candidato passaria na cidade, evidenciando o planejamento de Oliveira. Ele confessou o crime e está preso no presídio federal de Campo Grande.

O MPF afirma que está clara a motivação política pelo fato de Oliveira ter sido filiado a partido político, no caso o PSOL, pela vontade que tinha de ser deputado e pelas mensagens contra políticos em suas redes sociais.

A denúncia acusa o agressor de colocar em risco a democracia e tentar interferir na eleição.

"A tentativa de eliminação física do favorito na disputa pelo primeiro turno, em esforço para suprimir a sua participação no pleito e determinar o resultado das eleições mediante ato de violência -e não, como dito, mediante o voto -, expôs a grave e iminente perigo de lesão o regime democrático; produziu risco sério e palpável de distorção no regime representativo, consistente na perspectiva de privação, à força, da possibilidade de milhões de eleitores sufragarem as ideias e propostas com as quais se identificam. De outra parte, no plano concreto, a conduta provocou lesão real e efetiva ao processo eleitoral, ao afastar o candidato Jair Bolsonaro da campanha nas ruas, talvez definitivamente, e ao exigir a reformulação das estratégias dos concorrentes", afirma. Com informações da Folhapress.

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