© Reprodução
As eleições para o governo do Distrito Federal serão decididas no segundo turno, com disputa entre Ibaneis (MDB) e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O resultado da apuração foi divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no início da noite deste domingo (7).
PUB
Com 98% das urnas apuradas, Ibaneis teve 41,98% dos votos válidos. Rollemberg, por sua vez, ficou com 13,94%.
A apuração mostra ainda Rogério Rosso (PSD) com 11,26%, General Paulo Chagas (PRP), 7,34%, Eliana Pedrosa (Pros), 6,94%, Alberto Fraga (DEM), 5,89%, Fátima Sousa (PSol), 4,35%, Alexandre Guera (Novo), 4,20%, Júlio Miragaya (PT), 4,01% e Guillen (PSTU), 0,08%. Renan Rosa (PCO) não recebeu votos.
A campanha no Distrito Federal foi marcada pela disparada nas intenções de voto do até então pouco conhecido ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) regional.
Com 2% das intenções de voto em pesquisa Datafolha divulgada no fim de agosto, Ibaneis chegou a 36% no último levantamento feito antes do primeiro turno, divulgado no sábado (6). Na conta de votos válidos, que desconsidera nulos, brancos e indecisos, chegou a 40%.
Candidato pela primeira vez, Ibaneis é o mais rico na corrida pelo governo do Distrito Federal, com patrimônio declarado de R$ 94 milhões. Parte da fortuna foi investida na própria campanha - R$ 3,3 milhões até este domingo (7).
Com dinheiro na mão, convenceu o MDB a abrigar sua candidatura. Antes, ele já havia procurado o PDT, mas desistiu depois que a sigla preferiu dar prioridade à campanha de Ciro Gomes à Presidência.
Durante a campanha, se defendeu diversas vezes das críticas relacionadas ao fato de se apresentar como um candidato de renovação, apesar de ser membro do MDB e colega enrolados em esquemas de corrupção. Ele argumenta que o partido tem bons quadros e que investigados devem se resolver com a Justiça.
Tecnicamente empatado com outros candidatos na vice-liderança até a última pesquisa de intenção de votos, o governador Rodrigo Rollemberg venceu as dificuldades da campanha e foi para o segundo turno por uma pequena margem em relação ao terceiro colocado.
Com gestão criticada por adversários, o próprio candidato do PSB reconhece que não fez tudo o que gostaria no comando da capital federal. Ele atribui as dificuldades ao fato de ter assumido o governo em meio a uma crise fiscal.
Em 2015, a falta de dinheiro em caixa levou a um parcelamento de salários de servidores. Além disso, as contas da capital federal vêm repetidamente apresentando resultados negativos. No ano passado, o DF registrou déficit primário de quase R$ 1 bilhão.
SENADO
Para o Senado, a primeira vaga ficou com Leila do Vôlei (PSB), que recebeu 17,75% dos votos. Ela é ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei e faz parte da chapa de Rollemberg.
O deputado federal Izalci (PSDB) foi eleito para ocupar a segunda vaga de senador pelo Distrito Federal, com 15,33%.
O ex-governador, ex-ministro e atual senador Cristovam Buarque (PPS) não conseguiu a reeleição e ficou sem uma cadeira no Senado. Ele teve 12,06% dos votos, na terceira posição. Com informações da Folhapress.