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Um estudo inédito realizado com 350 pacientes atendidos em 28 hospitais públicos e 46 privados, em 74 hospitais de todo o país aponta que a taxa de mortalidade nos hospitais públicos, ocasionada por infecção generalizada (sepse), é mais do que o dobro do que os números dos hospitais privados. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, são 42,2% de mortes por esta razão contra 17,7% no privado.
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Ainda segundo a pesquisa, os motivos para este número estão elevado são o diagnóstico tardio, demora em acessar o serviço de saúde, tratamento inadequado e falta de leitos e recursos. Pacientes com sepse, quando são transferidos para a UTI nas primeiras 24 horas, tem muito mais chances de sobrevida, contudo os pacientes do SUS enfrentam muitas dificuldades nesse tipo de abordagem, prática muito mais comum nos hospitais privados.
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Segundo o médico Luciano Azevedo, presidente do Ilas (Instituto Latino Americano de Sepse) e um dos autores do estudo, o fato de o paciente ficar no pronto-socorro enquanto aguarda um leito na UTI aumenta seu risco de morte.
“O paciente chega ao PS com um infarto, um AVC ou um trauma e fica à espera de leito de UTI. Se ele tiver sepse, o risco de mortalidade é maior. No PS, ele não receberá o cuidado adequado que uma UTI proporciona”, diz Azevedo.