© Reuters / Nacho Doce
FABRÍCIO LOBEL, Folhapress - Era para ser em 2008. Anos depois, o prazo foi prorrogado para 2012, 2014, até que, no início deste ano, o Metrô de São Paulo firmou para setembro de 2018 a nova meta de entrega da estação São Paulo Morumbi, da linha 4-amarela. Mas também não foi desta vez. A obra atrasou e, agora, o Metrô promete entregar a estação na zona oeste da cidade até o fim deste mês de outubro.
PUB
Ao longo de setembro, o governo Márcio França (PSB), candidato à reeleição, chegou a fechar por algumas horas a linha aos domingos para testes com os trens, que não têm maquinistas e funcionam por sensores e controladores à distância. Ainda assim, a inauguração da nova estação não aconteceu.
Segundo o Metrô, a São Paulo-Morumbi está com 95% de suas obras prontas. Mas a visão do canteiro de obras, na esquina das avenidas Professor Francisco Morato e Jorge João Saad, no Morumbi, são pouco animadoras. A parte estrutural da estação na superfície não foi finalizada e falta o acabamento da obra.
Na manhã desta terça-feira (9), operários trabalhavam na cobertura. As escadas rolantes já foram instaladas, mas as fixas ainda estão em concreto exposto. A colocação de pisos está em fase inicial.
Segundo fotos do Metrô, os andares inferiores da estação estão mais bem acabados, já com piso e iluminação.
A estação São Paulo-Morumbi é a mais próxima ao estádio do São Paulo, a cerca de 1,5 km de distância (cerca de 20 minutos a pé). A estação terá ainda um terminal de ônibus integrado a ela.
A inauguração expandirá a linha 4-amarela pela primeira vez desde 2011, quando este ramal do metrô passou a ligar o Butantã à estação da Luz. Desde então, as estações Fradique Coutinho, Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire foram inauguradas ao longo do trecho já implantado.
Assim, a linha passará de 8,5 km para cerca de 11 km de extensão. Restará ainda a estação Vila Sônia, prevista para o ano que vem. O governo do estado tem ainda o projeto, e fez a promessa, de levar a linha até a cidade de Taboão da Serra. Essa seria a primeira estação do Metrô fora da cidade de São Paulo.
O Metrô diz que todas as obras de grande porte e complexidade, como a construção de estações de metrô, estão sujeitas a intercorrências em razão de licenças ambientais, processos desapropriatórios e até mesmo abandono das obras pelas empreiteiras em razão da crise econômica.
O Metrô lembra ainda que o consórcio que foi contratado para construir a linha 4 abandonou a obra em 2015. Em 2016, uma nova empresa foi contratada e a construção retomada.
A linha 4-amarela consta dos primeiros projetos do Metrô, desenhada antes mesmo da fundação da companhia. O primeiro a anunciar a sua construção foi o ex-governador Mário Covas (PSDB), em 1995. Com informações da Folhapress.