© Reuters / Dado Ruvic
Mensagens no WhatsApp que convidam a responder suposta pesquisa eleitoral do Datafolha sobre o segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) leva a site falso. O instituto não trabalha com esse método para fazer levantamentos.
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"O Datafolha só faz pesquisas eleitorais presenciais. Nunca por telefone ou internet", diz Mauro Paulino, diretor do instituto.
Nas mensagens que circulam pelo aplicativo, os usuários são convidados a clicar num link para um site falso e a preencher um formulário com sua cidade, estado e candidato em quem irá votar.
Na sequência, a página exibe uma mensagem orientando a pessoa a compartilhar a pesquisa pelo WhatsApp para supostamente confirmar não ser um robô e ter acesso aos resultados da pesquisa.
Conforme mostrado em reportagens da Folha de S.Paulo, um método de disseminação de conteúdo semelhante já foi identificado em pelo menos duas oportunidades neste ano como forma de espalhar vírus pelo aplicativo de mensagens.
Pouco antes da Copa do Mundo, um site malicioso oferecia camisetas grátis da seleção brasileira. Algumas semanas depois, um golpe parecido oferecia internet grátis no celular. Ambos exigiam o compartilhamento do conteúdo pelo WhatsApp usando um sistema parecido com o que é usado nesses sites que tentam se passar pelos institutos de pesquisa.
Depois, uma mensagem dizia que o celular estava com vírus e induzia a pessoa a fazer a baixar um aplicativo para corrigir a situação. Esse download que era, na verdade, um vírus. A pedido da reportagem, a empresa de segurança digital Kaspersky Lab, que identificou originalmente o golpe durante a Copa, analisou os sites falsos dos institutos de pesquisa. De acordo com o analista Fabio Assolini, apesar da semelhança com os outros casos na disseminação do conteúdo, nas pesquisas falsas não há a instalação de aplicativos maliciosos. Com informações da Folhapress.