© Ueslei Marcelino / Reuters
Por recomendação de aliados -entre eles governadores eleitos e dirigentes do PSOL- o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, entrará em território hoje ocupado pelo adversário Jair Bolsonaro (PSL): o da segurança público. Seria uma tentativa de se contrapor ao capitão reformado.
PUB
O tema dominou as reuniões ocorridas na tarde desta terça-feira (9) em São Paulo. Governadores petistas incentivaram o candidato a defender penas mais rígidas para o crime de homicídio, além da aceleração do rito para julgamento desses criminosos.
Reeleito, o governador da Bahia, Rui Costa, foi um dos porta-vozes da ideia. Questionado em entrevistas sobre o fato de essas punições não serem bandeiras históricas do PT, Costa alegou que, em um segundo turno, as propostas em debate não devem ser apenas as abraçadas por um partido, mas por uma coalizão.
+ Haddad diz estar disposto a incorporar propostas de Ciro a seu programa
Após reunião com governadores petistas, Haddad reforçou, em entrevista, uma proposta já prevista em seu plano de governo: a atuação da Polícia Federal no combate ao crime organizado. Sentado ao lado desses governadores, Haddad não propôs, na entrevista, o endurecimento das penas.
O governador da Bahia disse, no entanto, que Haddad foi receptivo à proposta. Coordenador da campanha, Sérgio Gabrielli afirmou que "o debate sobre segurança será ampliado".
A segurança foi alvo da conversa com os dirigentes do PSOL, recebidos por Haddad antes de formalizarem o apoio ao petista.
Na reunião, que contou também com a presença de Guilherme Boulos e o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiro, o ex-deputado Marcelo Freixo insistiu para que Haddad entre no debate sobre segurança, lembrando inclusive que Bolsonaro já defendeu a legalização de milícias.
Também Freixo afirmou que Haddad está sensível à ideia. Com informações da Folhapress.