© Nacho Doce / Reuters
Nos holofotes diante da expectativa de um posicionamento mais certeiro no segundo turno, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não fechou as portas para Fernando Haddad (PT).
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Abordado pela reportagem na saída de um restaurante no centro de São Paulo, nesta quarta-feira (10), o tucano disse que o petista ainda não o procurou.
Se telefonar, está disposto a conversar? "Ué, falo com todo mundo que me telefona com o maior prazer", respondeu.
É possível um diálogo sobre as bases de eventual apoio? "Estou na muda, tenho que esperar que os outros queiram alguma coisa", afirmou o ex-presidente, já de saída. "Vamos ver."
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Fernando Henrique tem usado as redes sociais com frequência para se posicionar. Nos últimos dias, havia sido enfático ao negar apoio a Jair Bolsonaro (PSL) e menos contundente ao falar de Haddad.
"Não tenho a menor condição de apoiar o reacionarismo cultural do Bolsonaro e não sinto vontade de engordar o caudal petista", disse ao site Poder360.
Depois, nas redes, atenuou a declaração, excluindo nomes. Mais tarde, na segunda (8), voltou. "As redes divulgam que apoiarei Haddad. Mentira. Nem o PT nem Bolsonaro explicitaram compromisso com o que creio."
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Ele não mencionou o nome de Haddad, com quem pessoalmente tem boa relação. É nisso que se fiam petistas como o próprio candidato e no senador eleito Jaques Wagner (BA), que abriu frente de negociação.
Eventual arco de apoio será passo importante para Haddad enfrentar Bolsonaro, que passou ao segundo turno com a maior votação. Com informações da Folhapress