Vendas de Natal devem crescer, mas abaixo do ano passado

Outros fatores que deverão prejudicar as vendas de Natal são as altas de preço de combustíveis e da energia elétrica

© Pixabay

Economia compras 11/10/18 POR Folhapress

O Natal, data comemorativa mais importante para o comércio, deixará a desejar e terá vendas fracas neste ano.

PUB

A CNC (Confederação Nacional do Comércio) prevê que as vendas tenham uma alta de 2,3% em relação a 2017. A taxa de crescimento é menor do que a registrada no ano passado, de 3,9%.

13º salário: pagar dívidas, fazer compras de fim de ano ou investir?

"É um resultado frustrante. O crescimento vai ser mais lento que há um ano. No início de 2018, esperava-se que o varejo deslanchasse, e não foi o que ocorreu", afirma Fabio Bentes, chefe da divisão econômica da entidade.

Os resultados decepcionantes vêm se repetindo desde a paralisação dos caminhoneiros, no fim de maio.

Para Bentes, o evento antecipou o clima de insegurança no país, que era previsto para iniciar em julho, com a aproximação das eleições.

"Houve um aumento da incerteza e, com ele, o dólar mudou de patamar. Isso vai fazer com que o varejo tenha mais dificuldade de reter o aumento de custos, o que deve se refletir no preço final", diz ele.

Mesmo com a recente valorização do real perante a moeda americana, o preço do dólar acumula uma alta de cerca de 18% nos últimos 12 meses.

Um dos setores mais afetados pelo câmbio é o de eletroeletrônicos, que representam cerca de 15% das vendas do Natal, segundo a CNC.

Isso se reflete nos dados de importação de eletrônicos dos meses de julho e agosto deste ano, segundo um relatório da Maersk Line, companhia líder de transporte marítimo no mundo.

Tradicionalmente, esses meses representam um pico nas importações, para que o comércio possa fazer seu estoque para as vendas de fim de ano.

No entanto, em 2018, os meses tiveram queda em relação a 2017. Em julho, as importações de eletrônicos caíram 2% e, em agosto, 15%.

"É uma sazonalidade atípica. Normalmente é a época em que as encomendas começam a sair da Ásia", afirma Fabio Britto, gerente geral de importação da Maersk.

Ele observa que, neste ano, o pico de encomendas se concentrou no início do ano, entre janeiro e março, principalmente devido à Copa do Mundo, quando as vendas de produtos audiovisuais costuma subir.

O setor logístico, que também é bastante mobilizando pelas vendas de fim de ano, também deverá ser negativamente afetado pelo Natal fraco, diz Britto.

Outros fatores que deverão prejudicar as vendas de Natal são as altas de preço de combustíveis e da energia elétrica, que afetam tanto para o consumidor, que fica com orçamento mais apertado, quanto os comerciantes, que também sofrem com essas tarifas.

Segundo a CNC, os segmentos que, historicamente, são mais demandados no Natal são os de supermercados (34%), vestuário (24,6%) e eletrônicos (15%). Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 16 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 16 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 9 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 16 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Realeza britânica Há 9 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 17 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 16 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 12 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 11 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

brasil Tragédia Há 16 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos