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O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) admitiu em entrevista à rádio CBN, nesta quinta-feira (11), que pode não ir aos debates, mesmo após liberação médica, por uma questão de estratégia eleitoral.
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"Existe a possibilidade [de não ir a debates], sim, [por questão] estratégica", admitiu Bolsonaro.
Ele também voltou a falar sobre os ataques supostamente praticados por seus eleitores contra pessoas contrárias a ele. "São 48 milhões de pessoas que votaram em mim. Você quer que eu me responsabilize por elas? Eu lamento, mas quem levou a facada fui eu", afirmou.
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Em seguida, o candidato cometeu ato falho. "Sou vítima do que eu prego", disse, para depois corrigir: "Sou vítima daquilo que combato". O candidato prosseguiu: "Lamento e gostaria que não houvesse [os ataques], mas não posso me responsabilizar", reforçou, acrescentando que não quer o voto de quem pratica esse tipo de violência.
Bolsonaro também voltou a questionar a lisura das urnas eletrônicas e do processo eleitoral. "Não sou eu quem está dizendo, 90% das pessoas que estão aí na rua", destacou. Perguntado sobre ter sido eleito por meio desse sistema, já que está na vida pública há quase 30 anos, ele respondeu que "isso não vale para o varejo", referindo à eleição para os cargos de deputados, senadores e governadores. "É só na votação para presidente", pontuou.
Ele ainda afirmou que não vai "fechar o Congresso" e que não defende ditaduras. O concorrente também se eximiu de responsabilidade por supostas fake news atribuídas a seus aliados. "Se tem alguém que vota em mim e espalha fake news, eu não tenho controle". A entrevista foi ao ar às 18h de Brasília.