© Murad Sezer/Reuters
O governo turco informou a responsáveis norte-americanos que tem gravações em vídeo e áudio que provam que o jornalista Jamal Khashoggi foi assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul, revelou, nesta sexta-feira (12), o Washington Post.
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O jornal, do qual o jornalista crítico do regime de Riade era colunista, cita como fontes funcionários norte-americanos a quem os investigadores turcos terão transmitido a informação.
Segundo o relato, as gravações provam que Jamal Khashoggi foi detido no consulado por uma equipe de segurança, que o matou e desmembrou.
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Desaparecimento
Khashoggi desapareceu no último dia 2 depois de ter entrado no consulado saudita em Istambul para recolher documentos para o seu casamento com uma cidadã turca.
Evidências
O Washington Post destaca, particularmente, na sua página online, uma gravação áudio que "proporciona algumas das provas mais persuasivas e macabras de que a equipe saudita é responsável pela morte de Khashoggi".
"A gravação de voz do interior do consulado expõe o que aconteceu a Jamal depois da sua entrada", disse uma fonte que ouviu a gravação e que não quis revelar a sua identidade devido à natureza "extremamente sensível" da informação.
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Segundo a mesma fonte, "pode escutar-se como foi interrogado, torturado e depois assassinado".
Na sequência do desaparecimento, amigos do jornalista asseguraram, em declarações à imprensa turca, ter a certeza de que Khashoggi foi assassinado no consulado e que o seu corpo tinha foi esquartejado e retirado do local dentro de malas.
As autoridades turcas não comentam esta tese, que é negada por Riade.
No entanto, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu às autoridades sauditas provas de que o jornalista saiu do consulado. Com informações da Lusa.