© Adriano Machado / Reuters
O candidato ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB), teve frustrada sua intenção de gravar vídeo com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
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Ele deixou a agenda de campanha na capital paulista para viajar ao Rio de Janeiro, mas não foi recebido pelo deputado.
A informação do encontro dos dois foi divulgada pela assessoria de Doria. Os dois se encontrariam às 17h30 na casa de Paulo Marinho, aliado e amigo de Bolsonaro, onde os programas do PSL estão sendo gravados.
Doria chegou ao local por volta de 18h, mas não encontrou nem Bolsonaro e nem mesmo Marinho no local.
Meia hora depois, Marinho chegou à sua casa acompanhado de Gustavo Bebianno, presidente em exercício do PSL, e de Julian Lemos, vice-presidente da legenda.
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"Não tem nenhum encontro marcado entre os dois não. Existe uma conversa institucional no sentido de o PSL agradecer ao apoio que gentilmente está sendo oferecido pelo candidato João Doria em São Paulo a Jair Bolsonaro", afirmou Bebianno.
O episódio provocou um mal-estar na campanha. Enquanto o PSL negou a existência prévia de um acordo, Doria deixou o local dizendo que os planos mudaram devido ao fato de Bolsonaro ter se sentido indisposto.
Ao mesmo tempo em que o ex-prefeito de São Paulo dava a declaração, o capitão reformado fazia uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
Segundo pessoas do partido, a divulgação da agenda irritou o presidente do PSL paulista, Major Olímpio, eleito senador pelo partido no domingo (7).
Bebianno confirmou que havia previsão de Bolsonaro ir a casa de Marinho para gravar programa de TV, mas negou que houvesse qualquer planejamento de que isso fosse feito com Doria.
De acordo com ele, a gravação não foi feita porque o presidenciável se sentiu indisposto. Ele se recupera da facada que sofreu em 6 de setembro. Nesta sexta, Bolsonaro recebeu a visita da atriz Regina Duarte, que apoia sua candidatura. Ele também fez uma transmissão ao vivo por meio das redes sociais.
Pessoas ligadas à campanha relataram à reportagem que a postura de Doria gerou desconforto. A visão é de que ele tentou forçar um apoio do candidato para ampliar votos em São Paulo. Com informações da Folhapress.