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“Havia um plano, aprovado em março, que previa treinar esses oficias. Isso poderia ter sido feito de várias formas, como por organizações internacionais, além de especialistas da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa)”, citou. “Claramente era uma prioridade, justamente devido aos exemplos que observamos [no Brasil]”, emendou, esclarecendo que os agentes teriam como única tarefa reportar os fatos e oferecer elementos para a aplicação de sanções.
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A revelação do vice-presidente foi feita durante entrevista à imprensa sobre as ações da organização contra a discriminação no futebol. A Fifa vem sofrendo críticas por não ter punido casos suspeitos de xenofobia, como a entrada de torcedores com um símbolo nazista no jogo entre a Coreia do Sul e a Rússia e pela invasão do campo por um alemão com mensagem também de conotação nazista pintada no peito. Um episódio envolvendo a equipe técnica do Brasil e do Chile, no último sábado (28) também é investigado.
Presente na plateia, o diretor de Responsabilidade Social da entidade, Federico Addiechi explicou que, apesar de o plano ter sido aprovado, não houve tempo para preparar os oficiais. “Como podem imaginar, o treinamento de agentes para cada uma das 32 delegações não é algo que se possa fazer adequadamente em tão pouco tempo”, explicou. Ele disse que os especialistas da capacitação estão focados na realidade europeia, não na América do Sul, que sedia a Copa.
Ao comentar as críticas sobre a falta de atuação da Fifa nos casos levantados pelos jornalistas, o presidente do Comitê Disciplinar da entidade, Claudio Sulser, reconheceu que há dificuldade em confirmar a participação de cada envolvido para aplicar uma sanção. Porém, de maneira geral, classificou as ações documentadas pela imprensa como “inconvenientes”.
“São muitos os comportamentos inadequados. Quando vou a jogos de futebol, ouço insultos, gritos e refrões ofensivos, mas, claro, no final, é difícil sancionar. O comitê tenta adotar um comportamento coerente, mas se depara com dificuldades”, disse Susler.
Para combater o problema, o vice-presidente da Fifa reforçou que os agentes antidiscriminação seriam fundamentais. “Foi a perda de uma grande oportunidade” disse Webb.
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