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“É a coisa mais natural esse tipo de pressão, esse tipo de comentário. Para mim, não vai agregar nada. E em termos psicológicos acho que a gente está bem. A pressão era muito forte para ganhar aquele jogo. Caso a gente perdesse, voltaria para casa. Então, a descarga emocional que tive foi por causa disso, porque me entrego de corpo e alma àquilo que faço. Então, não tem como não se emocionar”, disse o capitão, ao lado do técnico Luiz Felipe Scolari.
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Thiago Silva disse que recebeu o apoio do técnico Felipão e do presidente da CBF, José Maria Marin, que não contestaram sua atitude. Segundo o capitão, ele é uma pessoa muito emotiva e isso nunca o atrapalhou dentro de campo. “Pelo contrário, me ajuda. Porque passei por um momento muito difícil da minha vida, superei a tuberculose, corri risco de vida, e hoje posso falar que sou campeão, não só dentro de campo, como fora. Então, eu tenho as minhas responsabilidades, a minha maturidade e o respeito de todos”.
Felipão defendeu Thiago Silva dizendo que cada um tem uma atitude e não são pequenas coisas que influenciarão a equipe. “Alguém se abaixa para rezar, alguém agradece a Deus com as mãos espalmadas, alguém agradece como eu, beijando minha Nossa Senhora de Caravaggio. Eu acho que a gente podia respeitar um pouco mais as individualidades porque não são essas pequenas coisas que fazem com que o time melhore ou piore”, ponderou.
Em relação ao adversário de amanhã, técnico e capitão disseram que a Colômbia tem uma ótima equipe, com muita qualidade técnica, mas nada diferente do que a seleção brasileira também tem em seu grupo. Thiago Silva disse que prefere jogar com equipes que jogam de igual para igual com o Brasil, como a Colômbia, do que com as que jogam fechadas, pois há mais oportunidades de contra-atacar. O capitão disse ainda que espera que a Colômbia se lance ao ataque.
“Nos últimos quatro confrontos [entre Brasil e Colômbia] foram quatro empates, isso mostra o quanto vai ser difícil, mas acho que a gente está preparado para esse jogo”, disse o capitão. Scolari disse que admira e respeita a Colômbia, mas pode causar “dano” a ela. “Eu gosto de ver a Colômbia jogar. Está muito bem organizada, trabalha bem a bola, tem jogadores com boa disciplina tática e com qualidade técnica, nada diferente do meu time. Então, vai ser um bom jogo de futebol. Respeitamos, admiramos, mas sabemos que temos algumas qualidades que podem causar bastante dano à Colômbia”.