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O candidato a presidente Fernando Haddad (PT) disse nesta terça-feira (16) que a Igreja Universal do Reino de Deus tem "pretensões de governar o país" e que seu líder, bispo Edir Macedo, coloca a TV Record a serviço do candidato Jair Bolsonaro (PSL).
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Haddad fez as declarações em entrevista ao jornalista Bob Fernandes na TVE Bahia. O petista, que foi questionado a respeito de Macedo, não citou nominalmente o bispo, a igreja ou a Record.
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Macedo anunciou, em 30 de setembro, apoio a Bolsonaro em vídeo no Facebook. Nos últimos dias, Haddad associou o líder religioso ao "fundamentalismo charlatão" e disse que ele tem "fome de dinheiro".
Na entrevista, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que vê problemas quando Macedo "escreve um livro chamado Plano de Poder visando o poder de estado, escolhe um candidato" e "coloca uma televisão a serviço desse candidato que chamou dom Paulo Evaristo Arns (arcebispo de São Paulo morto em 2016) de vagabundo".
"O problema que eu vejo é uma igreja ter pretensões de governar o país, quando na verdade é o contrário. O estado é que tem que abraçar todas as crenças", disse Haddad.
O candidato voltou a lembrar, mais de uma vez na entrevista, que é neto de um líder religioso libanês. Ele começou a usar essa relação na reta final do primeiro turno, quando sua rejeição aumentou enquanto as intenções de voto de Bolsonaro cresceram nas pesquisas.
Haddad voltou a reclamar que Bolsonaro tem usado o Whatsapp como ferramenta de difusão de notícias falsas contra ele. Com informações da Folhapress.