© Reuters / Pilar Olivares
A busca por artefatos em meio aos escombros do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, que pegou fogo no início de setembro,trouxe uma boa notícia: foram encontrados restos de dinossauros. No entanto, ainda não se sabe exatamente do que se trata, pois o material ainda terá de passar por análise.
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Funcionário informaram ao 'Globo' que uma das hipóteses é que as peças encontradas eles sejam do Maxakalisaurus topai, um gigante herbívoro que media 13 metros e vivia na América do Sul há 80 milhões de anos. Ele era o destaque na sala dos dinossauros, que também contava com um exemplar de um carnívoro, Angaturama limai, e uma réplica do maior réptil voador da América do Sul, o Tropeognathus mesembrinus.
De acordo com a publicação, até então, os pesquisadores só conseguiram chegar em 20% da área destruída pelo fogo. A sala onde o crânio de Luzia estava guardado, por exemplo, ainda não foi alcançada. A lentidão se deve ao fato de a obra de escoramento das paredes do imóvel ainda não ter sido concluída.
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O Ministério da Educação liberou no dia 20 de setembro R$ 8,9 milhões para a UFRJ, dona do Museu, utilizar nas intervenções emergenciais no Palácio da Quinta da Boa Vista. Além do escoramento, está sendo refeita a cobertura do edifício.
A princípio, o museu deve retomar as atividades em um terreno de 49,3 mil metros quadrados, que pertence à União e foi cedido nessa quarta-feira (17) pelo Ministério do Planejamento. O local, que fica na Rua Bartolomeu Gusmão, em São Cristóvão, mesmo bairro onde ficava o museu, deve abrigar um centro de visitação e dois laboratórios de pesquisa.
O terreno cedido será dividido com o Tribunal de Justiça do Rio, que ficará com uma área de dez mil metros quadrados. Em troca, o tribunal repassará R$ 2,2 milhões do Fundo de Penas Pecuniárias para a criação do centro de visitação e dos laboratórios.