© Sergei Karpukhin / Reuters
As autoridades locais da Crimeia procuram um possível cúmplice do atirador que, nesta quarta-feira (17), entrou atirando em uma escola politécnica em Kerch, causando a morte a 20 pessoas e ferindo mais de 40.
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O líder regional da Crimeia, Sergei Aksyonov, disse que o responsável pelo ataque, um estudante da escola de 18 anos, chegou sozinho ao local, mas teria contado com o apoio de outra pessoa para preparar a investida.
Anteriormente, as autoridades tinham avançado com a tese de que o estudante teria agido sozinho, naquele que é considerado o pior ataque de um estudante na Rússia. O caso levantou discussões sobre a segurança das escolas do país.
Segundo o Comitê de Investigação da Rússia, o agressor, identificado como Vladislav Roslyakov, que também morreu, foi visto nas imagens das câmeras de segurança entrando no edifício e disparando contra os colegas.
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Sergei Aksyonov confirmou que o aluno do 4º ano da escola acabou por se suicidar, na biblioteca do estabelecimento de ensino, depois do ataque.
O presidente russo, Vladimir Putin, classificou como uma tragédia o episódio e enviou condolências às famílias das vítimas. Ele prometeu que o governo fará tudo o que for necessário para ajudar os feridos.
A anexação da Crimeia pela Rússia desencadeou sanções dos países ocidentais. A Rússia também apoia os separatistas que combatem o governo ucraniano, no leste da Ucrânia, um conflito que deixou pelo menos dez mil mortos, desde 2014.
Nos últimos anos, as agências de segurança russas prenderam vários ucranianos acusados de organizar ataques terroristas na Crimeia, embora nenhum tenha sido concretizado.