Presidente sul-coreano leva convite de Kim Jong-un ao papa Francisco

No documento entregue por Moon Jae-in, ditador convida o pontífice a visitar seu país

© Tony Gentile / Reuters

Mundo porta-voz 18/10/18 POR Folhapress

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, levou ao papa Francisco nesta quinta-feira (18) um "convite verbal" do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, convidando o pontífice a visitar seu país, informou o gabinete do líder sul-coreano.

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Moon, que é católico, também pediu ao papa que reze pela paz, reconciliação e prosperidade mútua na península coreana, informou a agência de notícias Yonhap.

O convite a um papa é o primeiro de um líder norte-coreano desde que o pai de Kim, Kim Jong-il, convidou o papa João Paulo 2º para uma visita em 2000, que nunca se concretizou.

No dia 9 de outubro, um porta-voz de Moon informou a jornalistas que, na mensagem, Kim dizia que o papa receberia "calorosas boas-vindas" se visitar Pyongyang.

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Na época, quando questionado sobre a possibilidade de uma viagem, um porta-voz do Vaticano afirmou: "Vamos esperar primeiro para o convite chegar".

Moon se aproxima atualmente de Kim, depois das três reuniões entre os dois no último ano.

Na última cúpula, que aconteceu em Pyongyang no mês passado, Moon foi acompanhado pelo arcebispo sul-coreano Hyginus Kim Hee-joong.

Segundo o porta-voz de Moon, durante essa reunião, Kim pediu ao arcebispo que comunicasse ao Vaticano sua intenção de trabalhar pela paz.

O líder norte-coreano deu vários passos rumo à reconciliação desde o ano passado, incluindo uma histórica cúpula com o presidente americano, Donald Trump, em junho.

A liberdade religiosa é garantida pela Constituição norte-coreana. Entretanto, as atividades religiosas são rigorosamente vigiadas e totalmente proibidas por fora das estruturas oficiais.

No começo do século 20, antes da divisão da península, Pyongyang era um importante centro religioso, com numerosas igrejas e uma comunidade cristã que era chamada de "Jerusalém da Ásia".

No entanto, o fundador do regime e avô do atual líder, Kim Il-sung, considerava a religião cristã uma ameaça contra seu reino autoritário e a erradicou com execuções e trabalhos forçados nos campos.

Desde então, o regime norte-coreano autorizou as organizações católicas a desenvolver projetos de ajuda em seu território, mas não tem relações diretas com o Vaticano.

Em sua visita à Coreia do Sul em 2014, o papa Francisco fez uma missa especial em Seul dedicada à reunificação coreana. Com informações da Folhapress.

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