© Shutterstock
Quer evitar o câncer de mama? Uma caminhada de 30 minutos, cinco vezes por semana, pode ajudar e muito a ficar longe da doença.
PUB
Segundo uma pesquisa publicada na revista Scientific Reports, do grupo Nature, uma em cada dez mortes por câncer de mama no Brasil poderia ser evitada com a prática regular de atividade física. A pesquisa teve a colaboração do Ministério da Saúde.
"Precisamos mostrar para as mulheres que um período curto de exercícios na rotina já traz muitos benefícios e pode ser encaixado na rotina. A atividade protege não só contra o câncer de mama, mas também outros tipos de tumor, doenças cardiovasculares e diabetes", diz Fatima Marinho, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e uma das autoras do artigo.
+ Exercício pode evitar 1 em cada 10 mortes por câncer de mama no Brasil
Um dos fatores que causa o câncer de mama é o excesso de hormônios circulantes no organismo, especialmente o estrogênio. O exercício físico ajuda a reduzir as concentrações de estrogênio e também de insulina e leptina, que é liberada pelo tecido adiposo e já foi associada ao câncer de mama. O exercício também aumenta a quantidade de substâncias anti-inflamatórias.
Resumindo: o exercício físico modifica a função endócrina e melhora o sistema imune.
Segundo a pesquisa, 2.075 mortes poderiam ter sido evitadas em 2015 se as pacientes tivessem realizado ao menos uma caminhada de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana.
A atividade, aliás, não só ajuda a evitar o câncer de mama mas, quando feita durante o tratamento, melhora o prognóstico das pacientes com a doença.
Além da inatividade física, outros fatores têm impacto sobre as mortes por câncer de mama: 6,5% delas são atribuídas ao uso de álcool, a um alto IMC (índice alto de massa corporal) e a uma dieta rica em açúcar. Sozinho, o sedentarismo é responsável por 12% delas e é o principal fator de risco.
Para Marinho, o estudo lembra que a doença está muito ligada a um estilo de vida pouco saudável e menos à pobreza. "Tanto que estados ricos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul têm maiores taxas da doença. Os hábitos de grandes cidades nos transformaram em seres sedentários."
Com informações da Folhapress.