Alemanha e França exigem mais explicações sobre morte de Khashoggi

Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto

© REUTERS/Murad Sezer

Mundo Arábia Saudita 20/10/18 POR Lusa

A Alemanha considerou neste sábado (20) "insuficientes" as explicações da Arábia Saudita sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi. A França também se pronunciou sobre o caso e exigiu uma "investigação exaustiva", considerando que muitas questões permanecem "sem resposta".

PUB

"As informações dadas acerca do desenrolar dos acontecimentos no consulado em Istambul são insuficientes", diz comunicado conjunto da chanceler Angela Merkel e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, citado pela Agência France Presse (AFP).

Os dois governantes condenaram este ato "com a máxima firmeza" e disseram esperar da Arábia Saudita "transparência sobre as circunstâncias da morte e as razões", e que sejam encontrados "os responsáveis".

Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.

Jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.

+ Turquia diz que morte de jornalista não será acobertada

Entretanto, a Arábia Saudita reconheceu hoje que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, anunciou a agência oficial de notícias SPA.

A agência estatal de notícias saudita SPA revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de inteligência do reino e oficiais.

As informações reveladas não identificam os 18 sauditas detidos pelas autoridades.

Também hoje, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, considerou que as explicações dadas pela Arábia Saudita não respondem a todas as questões e exigiu uma "investigação exaustiva e diligente".

"Muitas perguntas permanecem (...) sem resposta. Estas exigem uma investigação exaustiva e diligente para definir todas as responsabilidades e permitir que os responsáveis da morte de Jamal Khashoggi respondam pelos seus atos", afirmou o ministro numa declaração escrita, citada pela AFP. Com informações da Lusa.

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica BOLSONARO-PF Há 21 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

esporte Indefinição Há 7 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

politica Polícia Federal Há 7 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

brasil Brasil Há 2 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 23 Horas

Rússia ataca Ucrânia com míssil criado para guerra nuclear, diz Kiev

fama Oscar Há 22 Horas

Fernanda Torres tem pico de interesse no Google com Oscar e 'Ainda Estou Aqui'

economia Carrefour Há 5 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

fama Segunda chance Há 19 Horas

Famosos que sobreviveram a experiências de quase morte

justica Itaúna Há 7 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

esporte Campeonato Brasileiro Há 21 Horas

Veja o que o São Paulo precisa fazer para se garantir na Libertadores de 2025