Estudo da Nasa diz que vida em Marte pode ser possível

Pesquisa foi feita pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia

© Nasa

Tech Agência 22/10/18 POR Ansa

Um novo estudo da agência espacial norte-americana (Nasa) publicado nesta segunda-feira (22), na revista Nature Geoscience, revelou que os depósitos de salmouras que podem existir em Marte devem ter oxigênio suficiente para suportar vida.

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"A atmosfera de Marte pode não conter muito oxigênio, mas isso não significa necessariamente que o planeta não tenha o material", diz o texto. Segundo o estudo realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), "um novo cálculo de quanto oxigênio poderia ser dissolvido em salmouras marcianas mostra que o mundo empoeirado pode estar escondendo uma abundância de oxigênio sob sua superfície".

Até agora, formas de vida capazes de respirar oxigênio em Marte eram consideradas impossíveis porque a atmosfera do planeta é muito pobre nesse gás. Com a pesquisa, o cenário muda completamente porque aumenta as chances de que na água marciana existam as condições para hospedar microrganismos. A pesquisa revela que a existência desse oxigênio pode garantir a sobrevivência de vida microbiana e animais mais complexos, como as esponjas. No entanto, os cientistas são cuidados e afirmaram que ainda não há certezas de que realmente exista tudo isso.

A cientista Daniela Billi, da Universidade de Roma, disse que os novos dados multiplicam as possíveis formas de vida que Marte pode abrigar, porque "ampliam a gama de possíveis metabolismos presentes no planeta".

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De fato, com o tempo, as concentrações de oxigênio na água marciana podem sofrer mutações para abrigar microrganismos com metabolismo baseado em oxigênio.

Os pesquisadores do Caltech calcularam a quantidade de oxigênio que poderia ser dissolvida na água salgada de Marte "considerando algumas das principais variáveis que controlam o processo de absorção de gás, como temperatura, concentração de soluções salinas, natureza dos sais dissolvidos e latitude", explicou o químico Raffaele Saladino, da Universidade de Tuscia.

Desta forma, isso indica "a possibilidade de que uma quantidade razoável de oxigênio possa se acumular em águas salgadas, especialmente nas regiões polares, onde existem as condições ambientais mais favoráveis".

Segundo o especialista, o oxigênio presente na água "poderia, em princípio, realizar formas primordiais da vida" que respiram oxigênio "mas deve ser extremófilos, ou exigir elevado sal e temperaturas baixas para reproduzir concentrações". (ANSA)

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