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Merkel falava durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em Pequim, no quadro da sua visita à China, a sétima desde que chegou ao poder em 2005.
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“Se as informações estiverem corretas, trata-se de um caso grave”, afirmou Merkel, realçando que, a se confirmarem as suspeitas em torno do duplo agente, isso significa “uma clara contradição” face àquilo que considerou ser uma cooperação de confiança entre agências e parceiros.
Na sexta-feira, o jornal diário Süddeutsche Zeitung, as radiotelevisões regionais NDR, WDR e a agência alemã DPA avançaram com a notícia da detenção de um colaborador dos serviços secretos da Alemanha por suspeita de ter espionado para os Estados Unidos.
No dia anterior, o procurador-geral federal anunciou a detenção de um alemão de 31 anos, acusado de espionagem para um serviço estrangeiro, mas não tinha precisado para que serviço o suspeito poderia estar trabalhando.
Durante os interrogatórios, o colaborador dos serviços secretos alemães confessou ter fornecido informações a um serviço secreto norte-americano, segundo a NDR.
As relações entre os Estados Unidos e a Alemanha ficaram mais tensas depois das revelações feitas pelo ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden sobre um vasto programa de espionagem que visava, em grande parte, à Alemanha, incluindo o telefone de Angela Merkel.
A Alemanha é particularmente sensível a questões de espionagem no seu próprio território, já que é um país que ficou marcado pelas ações da Stasi, a polícia secreta da antiga República Democrática da Alemanha (a Alemanha Oriental, comunista), que espionava os seus cidadãos.