No rádio, Bolsonaro busca voto de mulheres, e Haddad, de nordestinos

Os dois candidatos estão na reta final das campanhas

© Reuters Photographer

Política Presidência 24/10/18 POR Folhapress

O programa de rádio desta quarta-feira (24) do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) deixou de lado os ataques pessoais a Fernando Haddad (PT) para buscar votos junto ao eleitorado feminino.

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A campanha afirma que a violência contra a mulher no país que cresceu ao longo do governos PT e acusa o partido de não ter agido para resolver a questão. O candidato promete endurecer a legislação e punir agressores.

A deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) fala que ao longo da campanha tentaram tachar Bolsonaro de machista, mas que as mulheres mais votadas no país estão ao lado do candidato, citando, além da própria candidatura, a de Janaina Paschoal (PSL-SP) como deputada estadual.

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A ministra aposentada do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon também afirma apoiar o candidato. Ela diz que ficou horrorizada com a proposta de Haddad de reformar o Judiciário e disse que ao conversar com Bolsonaro defendeu o combate a corrupção.

Já a campanha de Haddad começa com um repente de um nordestino. "Esse tal de Bolsonaro vem no rádio e, na TV, tentar me fazer agrado. Esse cabra eu conheço, me chamou de 'cabeçudo', criticou o Bolsa Família e o auxílio natalidade. Tu nunca gostou da gente e aparece de repente prometendo novidade. Ele acha que eu me esqueço, pensa que sou abestado, que não lembro o que ele fez no tempo de deputado.

"Além de destacar promessas para a população de baixa renda, o programa diz que a fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, sobre a possibilidade de fechar o STF com "um cabo e um soltado" escancarou o desrespeito da família pela democracia e pela Justiça.

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"Começa assim, termina em ditadura. Uma pessoa que diz que um cabo e um soldado fecham o Supremo Tribunal Federal não tem o menor respeito pelas instituições. São trinta anos enaltecendo a ditadura, a tortura e a cultura do estupro", disse Haddad.

O petista desafia ainda Bolsonaro a dizer "10% do que fala no WhatsApp diretamente", voltando a chamá-lo de soldadinho de araque por se recusar a comparecer aos debates do segundo turno.

"Você com WhatsApp é um bicho herói. Sem ele, foge do debate e se esconde de nós", diz o jingle da campanha. Com informações da Folhapress. 

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