© Leah Millis/Reuters
O presidente americano, Donald Trump, prepara o envio de 800 soldados do Exército para reforçar a fronteira com o México e bloquear a entrada de uma caravana de migrantes da América Central que se dirige aos Estados Unidos, segundo autoridade do Departamento de Defesa citada pelo jornal The New York Times.
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O secretário de Defesa, Jim Mattis, deve assinar os papéis autorizando o envio do efetivo à fronteira sul ainda nesta quinta-feira (25). No grupo, haverá engenheiros para ajudar a construir tendas e cercas, médicos e especialistas para operar drones posicionados ao longo da divisa.
Mais cedo, em uma rede social, Trump escreveu: "Eu vou trazer os militares para essa Emergência Nacional", afirmou. "Eles serão detidos!"
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Desde que a caravana de migrantes partiu de San Pedro Sula, em Honduras, no dia 13, Trump tem manifestado fortes críticas e feito ameaças aos integrantes da marcha -em sua maioria hondurenhos, mas também com cidadãos de Guatemala e do México, entre outros.
O presidente já ameaçou cortar a ajuda à América Central e fechar a fronteira com o México.
Na noite de segunda-feira, num comício no Texas, Trump disse haver criminosos infiltrados na caravana. Ele afirmou que havia pessoas do Oriente Médio no grupo, acusação que ele repetiu nesta terça.
Já o vice-presidente americano, Mike Pence, disse nesta terça que o presidente de Honduras lhe informou que a caravana de migrantes foi organizada por grupos de esquerda financiados pela Venezuela.
"O que o presidente de Honduras me disse é que foi organizada por grupos esquerdistas de Honduras financiados pela Venezuela e enviados ao norte para desafiar a nossa soberania e a nossa fronteira", declarou Pence em um evento organizado pelo jornal The Washington Post. Ele não apresentou provas para comprovar a alegação.
A 12 dias para as eleições legislativas, Trump transformou a caravana em alvo de críticas e em parte de um referendo contra os democratas, a quem responsabiliza pelo que considera frágil lei imigratória.
Não é a primeira vez que o presidente ameaça usar forças militares para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. Em abril, quando outra caravana de migrantes atravessava o México em direção ao país, o republicano defendeu que tropas americanas detivessem o fluxo, sugerindo que fizessem o que autoridades migratórias não conseguiam.
Mas, após discutir o tema com Mattis e outras autoridades, solicitou apenas que guardas nacionais fossem mobilizados para atuar em funções de apoio.
Os soldados do Exército costumam ser impedidos por lei de atuar em funções relativas à segurança doméstica, como a apreensão de pessoas na fronteira.
Segundo autoridades ouvidas pelo Times, a autorização que será assinada pelo secretário nesta tarde seria legal, porque os soldados atuariam em papéis de apoio, em vez de no policiamento ou reforço da aplicação de leis. Com informações da Folhapress.