© Reuters / Foto ilustrativa
Quatro pessoas de uma mesma família foram condenadas às penas somadas de 86 anos de prisão pelo assassinato do jogador de futebol Rafael de Lima Serrano, em 2015, em Catanduva, interior de São Paulo. Então com 24 anos, Rafael foi atraído para uma emboscada e morto a tiros e facadas porque reivindicava a paternidade de um bebê que sua ex-namorada, Natália Cristina Staine, co-autora do crime, estava esperando. A sessão do Tribunal do Júri teve início às 9 horas de quarta e só terminou às 2h30 desta quinta-feira, 25.
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O atual companheiro de Natália, Natanael da Silva Staine, foi condenado a 25 anos de prisão. Denunciado como autor dos três tiros que mataram Rafael, ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, meio cruel e sem dar chance de defesa à vítima - e ocultação de cadáver. Os jurados condenaram Jean Lucas Carobeno, primo de Natália, a 24 anos por ter dado as facadas e ajudado Natanael a cometer o crime.
Acusada de atrair o ex-namorado para a emboscada, Natália foi condenada a 21 anos de prisão pelo homicídio qualificado. Já sua irmã Tamires, que a ajudou no plano, pegou 16 anos. Os jurados absolveram a mãe de ambas, Katia Martins Staine, dona da casa onde o crime foi executado. A defesa das três mulheres informou que vai entrar com recurso contra as condenações por terem se fundamentado em troca de mensagens pelo aplicativo WhatsApp, obtida sem autorização judicial.
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O crime foi cometido em fevereiro de 2015, depois que Natália convenceu Rafael a ir até a casa dela para discutirem a gravidez. O corpo do jogador foi encontrado três dias depois, em um canavial do município. Os suspeitos foram presos em seguida - um menor também envolvido no crime não foi julgado em razão da idade.
Natanael é apontado pela Polícia Civil como autor de outro homicídio, ainda não julgado. Ele teria assassinado com quatro tiros o próprio tio, José Ricardo Staine, de 45 anos, achado morto dentro de seu carro, em dezembro de 2014, em Catanduva. A arma usada no crime foi encontrada na casa onde Natanael morava, quando ele já havia sido preso pelo assassinato do jogador. O homicídio teria sido cometido porque o autor dos disparos pretendia receber o seguro de um veículo pertencente ao tio.