© Murad Sezer/Reuters
O Ministério Público da Turquia pediu a extradição nesta sexta-feira (26) de 18 sauditas suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul.
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Os nomes dos suspeitos foram entregues ao Ministério da Justiça, que, por sua vez, os transmitiu ao Ministério das Relações Exteriores para comunicar via canais diplomáticos as autoridades sauditas.
Eles são acusados de assassinato por "premeditação, intenção monstruosa ou tortura". Segundo autoridades turcas, o país está mais bem equipado "para servir a causa da justiça" neste caso.
Nesta sexta, o presidente turco, Tayyip Erdogan, cobrou da Arábia Saudita que revele quem deu a ordem para matar o jornalista, assim como a localização de seu corpo.
Erdogan também disse que Riad precisa revelar a identidade do "cooperador local" que autoridades sauditas disseram ter levado o corpo de Khashoggi depois que o jornalista foi assassinado no dia 2 de outubro.
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A morte de Khashoggi desencadeou repreensão global e se transformou em uma crise para o maior exportador de pretróleo do mundo e para o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, líder de fato do reino.
"Quem deu a ordem?", disse Erdogan em discurso para membros de seu partido AK, em Ancara. "Quem deu a ordem para que 15 pessoas viessem à Turquia?", afirmou, em referência a uma equipe de segurança de 15 membros que a Turquia disse ter ido a Istambul apenas horas antes do assassinato.
Na quinta-feira (26), o promotor público da Arábia Saudita afirmou que o assassinato do jornalista foi "premeditado", mudando a versão oficial do reino para o crime contra o dissidente.
Inicialmente, quando a Turquia divulgou o desaparecimento do jornalista, Riad disse que ele tinha saído do edifício.
Depois, sob pressão internacional, confirmou a morte, mas afirmou que foi resultado de uma briga com agentes sauditas que haviam ido a Istambul negociar sua volta ao reino, sem o conhecimento de Bin Salman. Com informações da Folhapress.