© REUTERS / Mike Segar (Foto de arquivo) 
Em entrevista para o dominical britânico The Sunday Times, Lewis Hamilton disse que sua vida amorosa é inexistente no momento. Ele afirma não ter tempo para isso. "Eu sou um workaholic. Só me interessa ganhar", resume.
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Aos 33 anos, ele pode se tornar campeão da F-1 pela quinta vez neste domingo (28). Para isso, precisa terminar o GP do México pelo menos na sétima posição. A prova será transmitida ao vivo pelo SporTV 2às 15h30.
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Campeão em 2008, 2014, 2015 e 2017, Hamilton pode se igualar ao argentino Juan Manuel Fangio (vencedor em 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957). Superaria o alemão Sebastian Vettel (2010, 2011, 2012 e 2013) e o francês Alain Prost (1985, 1986, 1989 e 1993).
"As maneiras são diferentes, mas a meta é sempre a mesma: ganhar o campeonato. Isso é o que importa", disse o inglês, filho mais famoso da pequena Stevenage, que tem 80 mil habitantes.
A cidade que hoje planeja homenageá-lo com uma estátua já teve relação conturbada com o astro do automobilismo. Em 2014, no auge da rivalidade com Nico Rosberg, que foi criado em Monte Carlo, Hamilton afirmou que crescer em Stevenage lhe deu maior fome de vencer pela vontade de sair de lá. "Não era um grande lugar", criticou.
"Ele precisa se lembrar das origens", reclamou o vereador Phillip Bibby.
A determinação de deixar Stevenage (quer a cidade goste ou não) é parecida com a que a fez se aproximar de Ron Dennis, então presidente da McLaren, para dizer: "Eu quero um dia pilotar os seus carros de corrida.". Na época, Hamilton tinha nove anos.
Se confirmar o favoritismo, ele estará a dois de chegar à marca do alemão Michael Schumacher, o maior vencedor da história da F-1, dono de sete títulos (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004).
"Esta temporada tem sido uma das que mais gostei. É isso o que acontece quando você fica mais velho. Quando ganhei o primeiro título, um ex-campeão me disse que sempre é mais difícil conseguir o segundo. O primeiro é difícil, mas depois cada vez fica mais duro", afirma ele.
Hamilton conquistou o título do ano passado no México, mas precisa evitar o nono lugar que obteve naquela tarde de 2017. O piloto da Mercedes assegura estar consciente do resultado que necessita e que deve usar a inteligência na pista.
Hamilton tem 70 pontos de vantagem sobre Vettel, segundo colocado na classificação. Há 75 pontos por disputar. Nas três provas que restam (México, Emirados Árabes e Brasil), o inglês precisa apenas de seis no total para ser campeão mais uma vez.
Isso significa que ele pode terminar três vezes em 9º (dois pontos cada) que ficará com o título. Ou que Vettel não consiga vencer os GPs que restam.
As vitórias dentro da pista e os títulos servem para o piloto sobrepor a imagem de vencedor (tudo o que sempre quis) sobre a de ranzinza e reclamão quando as coisas não vão bem. Observações que já foram feitas sobre outros campeões da F-1, como Alain Prost e Ayrton Senna.
Na Inglaterra, Hamilton também enfrenta críticas de que não vive no país natal para evitar impostos. Ele mora em Mônaco, um paraíso fiscal.
Para o The Sunday Times, ele disse ter projetos fora do automobilismo apenas para os 40 anos. Quer seguir na categoria até lá se estiver aproveitando a vida de esportista.
Isso significa: se continuar ganhando.
Fora das pistas, ele pretende investir em uma marca de roupas própria e se distrair com música. Lewis Hamilton, provável pentacampeão da F-1, toca piano e compõe músicas próprias. Com informações da Folhapress.