©  Bruno Cantini / Atlético
O ataque do Atlético-MG caiu de rendimento e deixou de ser o melhor do Campeonato Brasileiro. Com apenas um gol nos quatro últimos jogos, o setor ofensivo passa a conviver com críticas. A falta de gols ainda deixa o time ameaçado no G-6 do torneio.
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Em 12 partidas disputadas no segundo turno do Brasileiro, o Atlético marcou 12 gols -média de um por jogo. O número do primeira metade do torneio é bem superior. Em 19 rodadas, o time então comandado por Thiago Larghi marcou 36 vezes -1,89 tento por compromisso.
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A situação é ainda pior quando o recorte é mais recente. Em outubro, acumulou três derrotas e um empate -só anotou gol no último revés, por 2 a 1, contra o Ceará. Hoje, embora tenha 48 gols, um a menos que o Flamengo, líder no quesito, o time alvinegro vive dificuldades para se reencontrar ofensivamente.
O desempenho ruim do ataque permitiu a aproximação de adversários e a consequente ameaça à vaga na Libertadores de 2019. Tranquilo na sexta posição no início do mês, o Atlético viu o Santos diminuir uma diferença de nove pontos em quatro rodadas -os dois têm 46, com vantagem atleticana no número de vitórias.
A queda de rendimento, de acordo com o goleiro Victor, é explicada pelas baixas sentidas desde a última janela de transferências. Na ocasião, o time perdeu Bremer e Róger Guedes, negociados para o exterior. Gustavo Blanco ainda sofreu uma lesão no joelho, foi operado e só retorna aos gramados em 2019.
"A gente vive um ano de inconstância no que diz respeito a manutenção de jogadores. Quando encontramos uma boa formação fim do primeiro semestre, perdemos um jogador importante, o Róger Guedes, perdemos o Blanco, saíram atletas e entraram outros. A gente teve que remontar elenco", avaliou.
"Por mais que tenhamos passado dificuldades, conseguimos encontrar padrão de jogo. Os resultados negativos não condizem. A equipe apresentou um futebol de qualidade em quase todo o Brasileirão, demonstra a qualidade do time. Tivemos alguma qualidade", acrescentou em entrevista ao SporTV.
Levir Culpi, por sua vez, ainda não tem uma justificativa para o mau momento do Atlético em 2018. Contratado há pouco mais de duas semanas, o treinador alega que não conhece o elenco. Na segunda-feira (29), ele disse não ter identificado a causa dos resultados negativos.
"São vários, mas a gente trabalha no futebol há 50 anos e nunca sabe exatamente o que é. Se soubesse qual é o problema, já iria direto em cima. São muitas coisas que acontecem em um clube de futebol. Você tem que ter muita tranquilidade para tomar a decisão certa. As coisas certas que faz na carreira dão tranquilidade para chegar a um grupo assim", comentou.
Apesar disso, o treinador demonstra confiança na classificação do Atlético para a próxima edição da Copa Libertadores. "O tempo é curto, mas você tem um objetivo muito interessante, que é a classificação na Copa Libertadores. É bom para todo mundo, para a comissão técnica, para a diretoria, para a torcida. A bola não está entrando, estamos aquém do que podemos oferecer neste elenco. Ainda tem algumas coisas, são seis, sete jogos faltando. O Atlético pode conseguir uma virada e ir bem no final. Sou o cara que mais acredito no Atlético, porque as coisas que conseguimos aqui são demais. Estou me agarrando nisso." Com informações da Folhapress.