Irmã de Marielle vai a Cúpula de Direitos Humanos a convite de Macron

Anielle Franco teme que novo governo prejudique investigações sobre assassinato da irmã

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mundo Paris 30/10/18 POR Ansa

A irmã da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), Anielle, participou na última segunda-feira (29) da Cúpula Mundial de Defensores dos Direitos Humanos, em Paris, e recebeu um convite para se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, no palácio do Eliseu. As informações são da edição online do jornal "El País" no Brasil.

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Anielle teme que, com a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência, o crime não seja esclarecido. Macron aceitou o pedido e disse a jornalistas que cumprimentou Bolsonaro pela vitória, dizendo que espera que França e Brasil continuem "defendendo os valores comuns de respeito e promoção dos princípios democráticos".

"Ele [Macron} basicamente disse que ele [Bolsonaro] foi eleito democraticamente, o que é verdade. Mas lhe pedi que nos ajudasse a receber justiça, porque não acredito que estejamos seguras, e ele disse que nos podia ajudar com isso", afirmou Anielle. "Estou muito assustada não só por ele, mas sim pelo que os militares possam supor que podem fazer agora. [Bolsonaro] É contra mulheres, negros, homossexuais, é contra as mulheres no poder, contra os pobres... é uma loucura", acrescentou.

Tudo aconteceu em março e ainda não temos uma resposta, não sabemos de onde veio a bala. Fomos ameaçadas, tanto na internet como cara a cara. Quando vou à escola ou ao trabalho, às vezes nos sentimos muito sozinhos no Brasil, não sabemos quem está nos protegendo e quem quer nos matar."

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Caso Marielle

Marielle Franco foi assassinada com quatro tiros na cabeça e seu motorista Anderson Gomes, atingido por três balas. Eles estavam saindo de um evento político-cultural, no bairro de Estácio, no centro do Rio de Janeiro, quando foram mortos, em 14 de março deste ano.

Câmeras de segurança flagraram os carros e os suspeitos. Porém, as investigações ainda não foram concluídas. Em agosto, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reconheceu que "agentes do Estado" e "políticos" estão envolvidos no crime.Também admitiu dificuldades nas apurações.

Em julho, a Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro chegou a prender dois suspeitos. Segundo a polícia, os dois integravam o bando de Orlando Oliveira Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, miliciano que está preso na penitenciária federal de Mossoró. (ANSA)

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