© Thomas White/Reuters
As autoridades da Indonésia ordenaram uma inspeção a todos os Boeing 737 MAX, nesta terça-feira (3), um dia após a queda de um avião do modelo operado pela Lion Air, com 189 pessoas a bordo, anunciou o ministro dos transportes.
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O Boeing 737 MAX 8, a serviço da companhia indonésia de baixo custo Lion Air, desapareceu dos radares na segunda-feira (29), 12 minutos depois de ter descolado do aeroporto de Jacarta em direção a Sumatra. A aeronave caiu no mar, ao largo de Java, com 189 pessoas a bordo.
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Hoje, o ministro dos Transportes, Budi Karya Sumadi, anunciou ter ordenado uma inspeção de "todos os Boeing 737 MAX", sem, no entanto, os impedir de voar.
Dezenas de mergulhadores foram enviados para o local onde desapareceu o voo JT 610, cuja queda agrava a reputação de insegurança do setor aéreo indonésio.
Desde segunda-feira à noite, os serviços de socorro já não têm esperança de encontrar sobreviventes.
As equipes de socorro encheram até agora 10 sacos com pedaços de corpos, disse ao canal 'Metro TV' o presidente da agência indonésia de busca e salvamento, Muhammad Syaugi.
Os restos foram enviados para o hospital da polícia de Jaarta para serem submetidos a testes de DNA.
As equipes recolheram também 14 sacos de destroços diversos, como sapatos, dossiers ou roupa.
A prioridade, disse o porta-voz da agência, Yusuf Latif, citado pela 'AFP', é encontrar a carcaça do avião. As duas caixas-pretas da aeronave ainda não foram encontradas pelos mergulhadores e a causa do acidente segue desconhecida.
O avião devia fazer a ligação entre Jacarta e Pangkal Pingang (Sumatra), um ponto de trânsito para turistas que tradicionalmente se deslocam depois para as praias de Belitung.
De acordo com a Lion Air, o Boeing estava a serviço da empresa de viagens de baixo custo desde o mês de agosto deste ano.
O piloto e o copiloto tinham, em conjunto, 11 mil horas de voo. A dupla havia sido submetida a exames médicos recentemente.
Edward Sirait, dono da Lion Air, reconheceu que a companhia realizou reparações no avião, em Bali, antes do último voo, mas não especificou a natureza da intervenção, acrescentando que se tratou de "um procedimento normal".
Segundo a 'BBC', que teve acesso ao relatório técnico do voo entre Bali e Jacarta, efetuado no último domingo (28), houve uma "falha de fiabilidade" num instrumento de medição de velocidade e divergências nas medidas de altitude entre os aparelhos do piloto e do copiloto. A companhia Lion Air ainda não comentou a notícia da televisão britânica, apesar dos pedidos de esclarecimento.
Já a Boieng, fabricante da aeronave, emitiu um comunicado em que afirma "um pesar profundo" e anunciou que está disposta a fornecer assistência técnica no quadro do inquérito sobre o acidente.
O fabricante norte-americano suspendeu a produção de 737 MAX no ano passado, logo após detectados problemas nos motores.
A Lion Air é a principal companhia de baixo custo da Indonésia. A empresa anuniou em 2017 a compra de 50 Boeing 737 MAX. Com informações da Lusa.