Há inversão de valores no tema direitos humanos, diz provável ministro

'O assunto direitos humanos é de alta relevância, se mudar estrutura, não vai mudar sua importância', disse general Augusto Heleno

© REUTERS/Ueslei Marcelino

Política Governo 31/10/18 POR Estadao Conteudo

O futuro ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, disse na manhã desta quarta-feira, 31, em entrevista à Rádio Eldorado, que é uma honra e uma realização profissional comandar essa pasta. Alertou, contudo, só poderá falar como titular do posto quando ver seu nome no Diário Oficial da União (DOU).

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"Tenho idade suficiente para não alimentar nada que não seja realidade ainda, prefiro que a confirmação do meu nome seja feita no DOU", disse. Heleno afirmou que tem reunião nesta quarta-feira com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e que, na prática, a transição já começou.

+ Ministério do novo governo deverá ter até 16 pastas

Na sua avaliação, a estrutura do Ministério da Defesa é sólida e foi uma das menos afetadas pelas gestões anteriores, que classificou de "catastróficas". Indagado sobre uma questão em pauta neste pleito e após o resultado da urnas, a defesa dos direitos humanos, o general disse que hoje há uma inversão de valores nessa questão e que há muito a desejar no aspecto teórico do combate à criminalidade.

Na sua avaliação, talvez não seja necessário um ministério dos Direitos Humanos, mas uma secretaria que cuide do tema. "O assunto direitos humanos é de alta relevância, se mudar estrutura, não vai mudar sua importância", emendou.

Sobre a continuidade ou não da intervenção federal no Rio de Janeiro, Heleno disse que a decisão caberá ao futuro presidente Jair Bolsonaro. Mas se disse chocado em ver criminosos exibindo armamentos de guerra em zonas urbanas e debochando dos civis.

"É preciso lei pra voltar respeito às forças legais, aí modificaremos a atitude das forças criminosas. Precisamos enfrentar com grandeza a crise ética, moral, econômica e social e sair da beira do abismo, a economia está caótica."

O general disse que já conversou com Bolsonaro sobre a importância deles serem o exemplo para o País. "Precisamos ser o exemplo, é preciso resgatar a noção da patriotismo", finalizou.

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