© Nacho Doce/Reuters
O italiano Cesare Battisti não é visto em Cananeia, cidade do litoral sul de São Paulo onde ele reside, desde a última segunda-feira (29), segundo reportagem publicada pelo jornal "La Stampa".
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O diário entrevistou um vizinho que disse que Battisti estava no município no domingo (28). "Depois não o vi mais", contou.
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Procurado pela ANSA, o advogado do ex-guerrilheiro, Igor Tamasauskas, afirmou que Battisti esteve em uma reunião com ele na última segunda-feira, em São Paulo.
"Ele me disse que visitaria uns amigos e depois retornaria, mas não precisou a data", declarou. Atualmente não há nenhuma medida restritiva contra o italiano, e ele pode se locomover livremente pelo país.
Um amigo entrevistado pelo "Stampa" garantiu que Battisti "quer enfrentar as consequências" e está "cansado de fugir". O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, promete extraditá-lo assim que tomar posse, embora haja uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux que garante sua permanência no país.
Fux é relator do caso que decidirá se o asilo concedido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, pode ser revogado por um sucessor. Tamasauskas disse que seu cliente não se pronunciará sobre as ameaças de Bolsonaro. "Ele não precisa.
Ele tem uma decisão do STF que garante sua permanência no Brasil", reforçou.
Battisti também é réu em dois processos, por falsidade ideológica e evasão de divisas. Neste último ele é acusado de tentar fugir para a Bolívia com o equivalente a mais de R$ 20 mil em moeda estrangeira. O italiano nega a denúncia e diz que queria apenas comprar material de pesca com dois amigos. (ANSA)