© Ricardo Stuckert / Divulgação
O PT divulgou, nesta quarta-feira (31), uma nota em que critica o Judiciário, chama o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de aventureiro fascista e promete resistência.
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Segundo a resolução petista, o processo eleitoral foi marcado, desde o início, pela violência e pelo ódio político, a começar pela cassação da candidatura do ex-presidente Lula.
"A cúpula do Judiciário ignorou uma determinação da ONU sobre o direito de Lula ser candidato. E foi incapaz de conter a indústria de mentiras nas redes sociais financiadas pelo caixa 2 de Jair Bolsonaro", diz o documento, acrescentando que "pela primeira vez desde a redemocratização tivemos uma eleição sem debates no segundo turno".
Produto da reunião ocorrida na tarde desta terça-feira, dois dias após a eleição do militar reformado, a resolução cobra ação da Justiça ante à proliferação de fake news a favor de Bolsonaro financiada por caixa dois.
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"Diante da sociedade brasileira e dos observadores internacionais, que testemunharam os desvios e violência desta campanha, a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal têm o dever de investigar as ocorrências denunciadas pela população, pela imprensa e pelo PT na campanha de Jair Bolsonaro", diz.
Na nota, o PT promete resistir à reforma da Previdência "que Michel Temer e Jair Bolsonaro querem fazer, contra os aposentados e os trabalhadores" e à entrega do patrimônio nacional, das empresas estratégicas, das riquezas naturais do Brasil aos interesses estrangeiros. "Vamos resistir à submissão do país aos Estados Unidos. Nossa bandeira é a do Brasil. Nunca beijaremos a bandeira dos Estados Unidos como fez Bolsonaro", afirma documento.
A resolução anuncia a criação de uma rede democrática de proteção solidária, com o lema "Você não está só", reunindo advogados voluntários para reagir aos casos de violação dos direitos humanos e direitos civis, de violação às liberdades de organização, de imprensa e de expressão.
"Vamos reforçar a campanha Lula Livre no Brasil e no exterior, não só para fazer justiça a quem foi condenado e preso arbitrariamente, mas porque esta campanha simboliza a defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos", diz a nota, na qual o PT promete defender "os movimentos sociais, como o MST e o MTST, e as pessoas que pensam ou são diferentes de Bolsonaro: os negros, os indígenas, o povo LGBTI".
O documento diz ainda que a "eleição de um aventureiro fascista é fruto de uma campanha de ódio e de mentiras, que nos últimos anos manipulou o desespero e a insegurança da população".
E conclui: "Vamos resistir numa grande frente pela democracia e pelos direitos do povo". Com informações da Folhapress.