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O PT divulgou nesta quarta-feira (31) uma nota em que critica o Judiciário, chama o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de aventureiro fascista e promete resistência a medidas do governo dele.
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Segundo a resolução petista, o processo eleitoral foi marcado, desde o início, pela violência e pelo ódio político, a começar pela cassação da candidatura do ex-presidente Lula.
"A cúpula do Judiciário ignorou uma determinação da ONU sobre o direito de Lula ser candidato. E foi incapaz de conter a indústria de mentiras nas redes sociais financiadas pelo caixa 2 de Jair Bolsonaro", diz o documento.
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O texto acrescenta que "pela primeira vez desde a redemocratização" houve eleição sem debates no segundo turno.
Para a sigla, a "eleição de um aventureiro fascista é fruto de uma campanha de ódio e de mentiras, que nos últimos anos manipulou o desespero e a insegurança da população".
Produto da reunião ocorrida na tarde desta terça-feira, dois dias após a eleição do militar reformado, a resolução cobra ação da Justiça ante à proliferação de fake news a favor de Bolsonaro, que o partido considera ter sido financiada por meio de caixa dois.
"Diante da sociedade brasileira e dos observadores internacionais, que testemunharam os desvios e violência desta campanha, a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal têm o dever de investigar as ocorrências denunciadas pela população, pela imprensa e pelo PT na campanha de Jair Bolsonaro", diz.
Na nota, o PT promete resistir à reforma da Previdência "que Michel Temer e Jair Bolsonaro querem fazer, contra os aposentados e os trabalhadores" e à entrega do patrimônio nacional, das empresas estratégicas e das riquezas naturais do Brasil aos interesses estrangeiros.
"Vamos resistir à submissão do país aos Estados Unidos. Nossa bandeira é a do Brasil. Nunca beijaremos a bandeira dos Estados Unidos como fez Bolsonaro", diz o documento.
A resolução anuncia a criação de uma rede democrática de proteção solidária, com o lema "Você não está só", reunindo advogados para reagir aos casos de violação dos direitos humanos e direitos civis, além de ameaças às liberdades de organização, de imprensa e de expressão.
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"Vamos reforçar a campanha Lula Livre no Brasil e no exterior, não só para fazer justiça a quem foi condenado e preso arbitrariamente, mas porque esta campanha simboliza a defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos", diz a legenda.
O PT fala ainda em defender movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e preservar "as pessoas que pensam ou são diferentes de Bolsonaro: os negros, os indígenas, o povo LGBTI".
A convocação da legenda é para que os filiados e simpatizantes possam "resistir numa grande frente pela democracia e pelos direitos do povo". Com informações da Folhapress.