© iStock
O operador de balança Michel Messias Cunha, 30, morreu após ser espancado por supostamente oito homens na madrugada de sábado (27), em Nova Ponte, no interior de Minas Gerais.
PUB
A família suspeita que Michel foi vítima de homofobia e diz que agressores gritavam o nome do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Michel havia ido para um bar com amigos na sexta à noite, mas voltou para casa às 4h30, resgatado por um motorista que o viu pedindo socorro numa avenida da cidade do triângulo mineiro.
+Homens são presos com R$ 3,3 milhões em caixas de papelão em Jundiaí
Com o rosto ensanguentado, corpo machucado e só de cueca, ele disse que havia apanhado de oito homens que gritavam "Bolsonaro vai matar viado", afirma Luana Ferreira, irmã de Michel.
Os familiares não o levaram para o hospital nem para a delegacia. O jovem tomou um remédio para dormir e pela manhã foi encontrado morto pela irmã e a mãe.
Na certidão de óbito, a causa foi descrita como "trauma abdominal". A família acha que ele sofreu uma hemorragia interna no abdômen, mas o laudo do IML (Instituto Médico Legal), apontando o que exatamente causou a morte, só sairá em 30 dias.
Homossexual, Michel costumava postar nas redes sociais conteúdo anti-bolsonarista.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso. A principal linha de investigação é a de homicídio, e a homofobia é uma das motivações apuradas. Segundo a polícia, ainda é cedo para dizer se o crime teve motivações também políticas. O corpo de Michel foi sepultado na manhã do último domingo (28), dia do segundo turno das eleições.