© Cathal McNaughton/Reuters
A cinco dias das eleições legislativas de meio de mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (1º) o endurecimento das regras para pedido de refúgio no país, tendo em vista a caravana de migrantes centro-americanos que ruma em direção à fronteira com o México.
PUB
Segundo o republicano, só poderão receber proteção internacional aqueles que entrarem em solo norte-americano legalmente. "Os migrantes que estão chegando na caravana não são legitimados a pedir refúgio", disse.
A medida, no entanto, pode ser barrada pela Justiça. O "Ato de Imigração e Nacionalidade" estabelece que qualquer um que chegue aos EUA, legal ou ilegalmente, pode fazer um pedido de refúgio, caso esteja fugindo de perseguições em seu país de origem.
+Mergulhadores encontram caixa-preta de avião que caiu na Indonésia
A caravana partiu de Honduras e está agora no México, avançando em plena campanha para as eleições de meio de mandato, marcadas para 6 de novembro, quando o Partido Democrata pode tomar o controle da Câmara dos Representantes das mãos dos republicanos.
Por conta disso, Trump tem endurecido o discurso e chegou a denunciar a presença de cidadãos do Oriente Médio infiltrados na caravana, informação desmentida por todos os meios de imprensa que acompanham a viagem. Apesar do discurso de medo, a caravana está a mais de 1,6 mil quilômetros da fronteira norte-americana e se mostra cada vez mais esvaziada.
Durante um comício na Flórida, Trump propôs até a criação de um "muro humano" na divisa, por meio do envio de 15 mil soldados para a região. (ANSA)