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A advogada feminista Meaza Ashenafi, 54 anos, foi nomeada nesta quinta-feira (1º) como a primeira mulher presidente da Suprema Corte Federal da Etiópia, em mais um passo do país africano em defesa da igualdade de gênero.
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No fim de outubro, a diplomata Sahle-Work Zewde já havia sido eleita pelo Parlamento como presidente da República, tornando-se a primeira mulher a ocupar a chefia de Estado na história etíope e a única em toda a África neste momento.
A indicação de Ashenafi foi aprovada pelos parlamentares por unanimidade. "Ashenafi é uma das advogadas mais experientes e uma importante ativista pelos direitos das mulheres", afirmou Fitsum Arega, chefe de gabinete do primeiro-ministro Abiy Ahmed.
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No poder desde abril, Ahmed vem implantando uma agenda reformista que inclui até uma inesperada paz com a Eritreia, país com o qual a Etiópia estava em estado de guerra havia mais de 20 anos.
Ashenafi tem três décadas de experiência no campo jurídico e foi juíza da Suprema Corte entre 1989 e 1992. Ela é fundadora e diretora da primeira organização de defesa dos direitos da mulher no país, a Associação das Mulheres Advogadas Etíopes (Ewla, na sigla em inglês).
A jurista também está entre as 11 mulheres que criaram o banco Enat, que tem foco em clientes do sexo feminino. (ANSA)