Justiça manda USP fazer obra urgente no Museu do Ipiranga

Determinação refere-se somente à manutenção do prédio e não está relacionada às obras de restauração

© Pixabay

Brasil alerta 02/11/18 POR Folhapress

A Justiça paulista mandou a USP (Universidade de São Paulo) fazer obras emergenciais no Museu do Ipiranga (zona sul) por causa do risco de incêndio. Na decisão, o juiz Alberto Munoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública, citou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelo fogo em 2 de setembro.

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"Não se pode admitir que o Museu Paulista [Museu do Ipiranga] seja mais um equipamento público que terminará, como o Museu Nacional do Rio de Janeiro, em cinzas", escreveu, na decisão.

A decisão judicial determina que a USP, responsável pelo museu, cumpra todas as exigências em 15 dias, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. O museu está fechado desde 2013 (leia abaixo).

A determinação atende a um pedido feito em ação civil pública da Promotoria do Meio Ambiente. Refere-se somente à manutenção do prédio e não está relacionada às obras de restauração.

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O Ministério Público realizou vistoria no museu e, segundo laudos apresentados à Justiça, constatou rachaduras, trincas ou fissuras em várias salas internas, desde a cobertura até o subsolo, em razão de recalques e movimentação estrutural da edificação. Havia ainda, diz o MP, fios expostos e forros deteriorados, sem tratamento para suportar o fogo, e o sistema de detecção de incêndios estava inoperante.

Entre as medidas determinadas pela Justiça estão ativação dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, garantia de presença permanente de bombeiros civis e o aumento da quantidade de equipamentos de combate a incêndios. Outras ações obrigatórias são desenergização das áreas de risco onde há condutores ou circuitos elétricos desprotegidos e proteção das janelas que estão em processo de deterioração.

OUTRO LADO

A direção do Museu do Ipiranga, vinculada à USP, afirmou por meio de nota que ainda não foi notificada sobre a decisão judicial. No texto, a direção disse que, após a visita do Ministério Público, realizou por conta própria outra vistoria e decidiu adotar medidas de segurança. Entre elas, citou o desligamento da energia elétrica nos telhados, no sótão e em duas torres. A direção afirmou ainda que descartou materiais inflamáveis que estavam no subsolo, como papel, plástico e baterias, e contratou uma empresa para recarregar os extintores de incêndio.

A administração do museu afirmou ainda que laudo realizado por uma empresa contratada comprova que não há risco de desabamento e que o projeto executivo do restauro contempla todas as recomendações. Acrescentou que o processo de transferência do acervo está em fase final e que restam cerca de 10 mil itens no museu. Esse serviço inclui vistoria das obras, embalagem, transporte e realocação. Com informações da Folhapress.

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