Bolsonaro ameaça cortar relações diplomáticas com Cuba

Brasil e Cuba estabeleceram relações diplomáticas pela primeira vez em 1906. Elas foram rompidas após o golpe militar de 1964 no Brasil, e só foram restabelecidas em 1986

© Reuters

Política AMÉRICA 03/11/18 POR Folhapress

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não há razão para manter relações diplomáticas com Cuba, porque o país desrespeita direitos humanos.

PUB

Em entrevista publicada na sexta-feira (2) pelo jornal Correio Braziliense, Bolsonaro criticou o Mais Médicos, programa que tem 11.420 profissionais cubanos trabalhando em áreas pobres do Brasil.

Ele citou o fato de os médicos do programa receberem apenas 25% do montante enviado ao regime cubano e a proibição que impede seus filhos de se juntarem a eles.

+ Escoltado pela PF, Bolsonaro fez segundo corte de cabelo em 2 dias

"Isso para uma mãe, não é mais que uma tortura? Ficar um ano longe dos filhos menores?", disse Bolsonaro. "Dá para manter relações diplomáticas com um país que trata os seus dessa maneira?"

Brasil e Cuba estabeleceram relações diplomáticas pela primeira vez em 1906. Elas foram rompidas após o golpe militar de 1964 no Brasil, e só foram restabelecidas em 1986.

Bolsonaro disse que o Mais Médicos, iniciado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, pode continuar, mas cubanos deverão ganhar seu rendimento de forma integral e ter seus filhos com eles.

Questionado sobre um possível fechamento de embaixadas brasileiras em Cuba e na Venezuela, o capitão reformado respondeu: "Olha, respeitosamente, qual o negócio que podemos fazer com Cuba? Vamos falar de direitos humanos?".

Sobre a Venezuela, Bolsonaro afirmou que "o embaixador já veio para cá, a embaixada já foi desativada, não temos mais contato. Agora, veio no governo do Michel Temer, porque no governo do PT"¦ Essa decisão teria que ter sido tomada há mais tempo: chamar o embaixador, conversar".

Ele se referia a Ruy Pereira, embaixador do Brasil em Caracas, declarado persona non grata pelo regime venezuelano em dezembro de 2017.

A medida equivale a uma expulsão. Pereira estava no Brasil para passar o fim de ano e não retornou a Caracas.

A embaixada na capital venezuelana, porém, não está desativada e é chefiada pelo encarregado de negócios, José Wilson Moreira.

Em retaliação à expulsão de Pereira, o governo Temer declarou persona non grata o encarregado de negócios da Venezuela em Brasília, Gerardo Maldonado.

O embaixador titular, Alberto Efraim Castellar Padilla, havia sido convocado pelo ditador Nicolás Maduro em maio de 2016, logo após o afastamento de Dilma. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica BOLSONARO-PF Há 21 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

esporte Indefinição Há 6 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

politica Polícia Federal Há 6 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

brasil Brasil Há 2 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 22 Horas

Rússia ataca Ucrânia com míssil criado para guerra nuclear, diz Kiev

fama Oscar Há 22 Horas

Fernanda Torres tem pico de interesse no Google com Oscar e 'Ainda Estou Aqui'

economia Carrefour Há 4 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

fama Segunda chance Há 19 Horas

Famosos que sobreviveram a experiências de quase morte

esporte Campeonato Brasileiro Há 20 Horas

Veja o que o São Paulo precisa fazer para se garantir na Libertadores de 2025

justica Itaúna Há 6 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG